FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Tema foi assunto de um workshop realizado ontem (26) na Poli-USP

Professores, profissionais do mercado e convidados internacionais participaram nesta quarta (26) do II Workshop de Design Thinking na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP). O evento, coordenado pelo professor Davi Nakano e organizado pelo Departamento de Engenharia de Produção da Poli, aconteceu no Auditório Professor Francisco Romeu Landi durante todo o dia.

Na mesa de abertura, estavam o diretor da Poli, José Roberto Castilho Piqueira; o chefe do departamento de Engenharia de Produção, Fernando Laurindo; o presidente da Fundação Vanzolini, Mauro Spinola; e o coordenador do Observatório da Inovação e Competitividade, Glauco Arbix.

O keynote speaker do evento, professor Markku Koskela, da Finlândia, começou falando do ousado projeto do governo de seu país ao unir três universidades para constituir a Universidade de Aalto, na qual ele leciona. “É uma universidade de inovação. Queremos ser referência em inovação no mundo.”

Koskela é professor e um dos coordenadores de curso da Aalto Design Factory, que ele define como sendo uma plataforma de co-criação, uma unidade independente, dentro da universidade, que presta serviços a ela.  A Aalto Design Factory oferece até 40 cursos por ano e funciona num prédio de 3.200 m² que pode ser “adaptado” aos projetos, protótipos e estudos ali desenvolvidos. “Somos uma comunidade aberta e multidisciplinar e fazemos muita parceria com empresas, porque o envolvimento com as indústrias é fundamental para incorporar novas experiências em aprendizagem”, diz o professor de Design Thinking.

Ele ressalta, entre os cursos da instituição, os três maiores: International Design Business Management (IDBM); Product Development Project Course (PDPC) e ME310: Global Design Innovation Program, que ele coordena. Este último é parte de um programa mundial de inovação em design, iniciado na Universidade de Stanford. Os alunos resolvem problemas trazidos pelas companhias parcerias, têm de apresentar protótipos e testar suas soluções.

“Seguimos o processo básico de design thinking de Stanford: entender o problema, entender o usuário e a concorrência, fazer brainstorming, construir protótipos e testar. A ideia é passar para os alunos experiências reais em um mundo globalizado”, diz Koskela. Ele afirma que são procurados por diversos parceiros para a resolução de todos os tipos de problemas.

“Uma instituição francesa nos procurou para reinventar o sistema de combate a incêndios. Criamos um sistema de câmeras que permite ver entre a fumaça. Um fabricante de brinquedos na Colômbia queria ideias que aumentassem a criatividade das crianças de 0 a 12 anos. Surgiram várias coisas, entre elas uma espécie de ‘lego musical’, em que os blocos tinham diferentes sons. Enfim… Temos projetos de todos as áreas. De saúde a automobilismo”, resume o professor. 

Segundo ele, o conceito de Design Factory está se espalhando e já existem sete instituições como a finlandesa no mundo (Melbourne, Xangai, Santiago, Nova York, Genebra, Seul e Riga). “O modelo ajuda a criação de redes e o conceito é gratuito, oferecemos livremente. Para participar do projeto, basta ter a paixão.”

 Acadêmica Agência de Comunicação

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