Data: 07/10
Docente citado: Giorgio de Tomi, Professor Titular do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo. Diretor do Núcleo de Pesquisa para a Mineração Responsável.
Na terça-feira, dia 7 de outubro, o professor Giorgio de Tomi, da Escola Politécnica da USP, defendeu os garimpeiros e propôs uma transição gradual do uso do mercúrio na atividade. No evento “Controles sobre o uso de mercúrio e o futuro da extração do ouro”, promovido pelo Correio Braziliense, Giorgio afirmou que os garimpeiros são, sobretudo, investidores. E, por isso, eles estão dispostos a colaborar com o Estado por uma abordagem mais sustentável do garimpo.
De acordo com o professor, proibir a atividade pode ser extremamente prejudicial. Ele cita o caso da Venezuela, que marginalizou os garimpeiros e fez com que 90% do ouro exportado do país fosse extraído ilegalmente. Hoje em dia, as comunidades garimpeiras são isoladas e contam com pouco apoio do Estado, que só chega a reprimi-los.
Diretor do Núcleo de Pesquisa para a Mineração Responsável e coordenador técnico do projeto Ouro Sem Mercúrio, o professor realça o papel da capacitação, cooperativismo, crédito, coexistência e certificação, como medidas centrais para a mitigação do uso de mercúrio no garimpo. Para ele, sem diálogo e desenvolvimento junto às comunidades garimpeiras, nenhum progresso será feito.