FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Depois de reforma e aquisição de novos equipamentos, laboratório amplia capacitação analítica à disposição da academia e do setor privado

A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) apresentará nesta quarta-feira (4/11), às 17h, as novas instalações do Laboratório de Caracterização Tecnológica (LCT), uma facilidade multiusuário que pode ser usada tanto por pesquisadores da academia como de centros de P&D privados. O LCT conta com equipamentos de última geração, essenciais na pesquisa e no controle de processos da indústria da mineração, além da caracterização de materiais.

O LCT opera no estado da arte em diversas técnicas de caracterização de materiais. A microtomografia de raios X de alta resolução apresenta a capacidade única de gerar imagens tridimensionais, possibilitando a observação da estrutura interna de amostras de materiais polifásicos, em análises não invasivas, com aplicações em estudos de recursos naturais, ciência e engenharia de materiais, ciências biológicas e controle de qualidade (QA/QC).

O microtomógrafo Versa XRadia 510, marca Zeiss, foi adquirido através de projeto FINEP (MCT/FINEP/CT-INFRA – PROINFRA, investimento da ordem de US$ 1 milhão) como parte da proposta da Pró Reitoria de Pesquisa, na gestão do professor Marco Antônio Zago, hoje reitor da USP, de consolidação de core facilities em técnicas de caracterização de materiais, de forma a atender os vários grupos de pesquisa da USP que desenvolvem estudos de materiais para aplicações diversas visando a inovação e a sustentabilidade.

Na microtomografia, após a coleta de um conjunto de imagens, é efetuada a reconstrução tomográfica em 3D da seção transversal irradiada, obtendo-se dados relativos à morfologia e feições texturais, composição quantitativa de fases, distribuição de tamanho de feições/partículas/fases, área interfacial, presença e distribuição de tamanho de poros e suas inter-relações.

Os equipamentos de difração de raios X (D8 Endeavor) e de espectrometria de fluorescência de raios X (S8 Tiger), da marca Bruker AXS, são de última geração e custam em torno de US$ 500 mil, tendo sido alocados no laboratório mediante parceria com a empresa Oregon Labware, representante comercial da Bruker ASX para o setor mineral.

O LCT conta ainda com microscópios eletrônicos de varredura (MEV) com sistemas de microanálise química por EDS e WDS, microscopia confocal e óptica, entre outros. Recentemente, incorporou a tecnologia de espectrometria de absorção atômica, prevendo-se a chegada até o final do ano de um espectrômetro ICP-OES, também para a realização de análises químicas. “Em técnicas de caracterização, temos tomografia e MEV’s de última geração que, combinados adequadamente, permitem um grande refinamento no estudo das características de materiais polifásicos”, destaca o coordenador do LCT, o professor Henrique Kahn.

Com a reforma e ampliação, o LCT pretende voltar a oferecer treinamentos e cursos de capacitação nas técnicas de que dispõe. Também está trabalhando no desenvolvimento de um software próprio para gestão de laboratório (LIMS), como parte das medidas de controle de qualidade (QA/QC) que estão sendo ampliadas.

A apresentação das novas instalações contará com as presenças do reitor da USP, Marco Antônio Zago; do vice-reitor, Vahan Agopyan; do pró-reitor de Pesquisa da USP, José Eduardo Krieger; do diretor da Escola Politécnica, José Roberto Castilho Piqueira; do chefe do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Poli, Luís Enrique Sanchez.

Pesquisas de ponta – Além de ser base para inúmeras pesquisas da Poli, de unidades da USP e outras universidades, o LCT atua como prestador de serviços para o setor privado, em projetos de pesquisa em cooperação com empresas e atividades de extensão. Opera essencialmente com recursos próprios, obtidos das parcerias que estabelece em projetos de pesquisa e serviços analíticos que realiza para empresas e comunidade acadêmica (custos subsidiados). Além de empresas que atuam no setor mineral, como Vale, Votorantim, Anglo American, Samarco, CBMM, Yamana, Kinross, Magnesita, Imerys, Saint Gobain, Galvani, Alcoa e Mineração Rio do Norte, o LCT atende a outros setores produtivos, como metalúrgico, químico e farmacêutico, materiais odontológicos, reciclagem e meio-ambiente.

“Essencialmente atuamos na caracterização de materiais inorgânicos com foco principal em matérias primas e recursos minerais. As técnicas de caracterização disponíveis podem também serem aplicadas em estudos de materiais metálicos, cerâmicos, cimentícios, vidros, poliméricos, etc.”. As análises, segundo Kahn, não precisam estar vinculadas à execução de um projeto de pesquisa; podem ser solicitadas como serviços analíticos.

Para utilizar as facilidades do LCT, é preciso acessar o site oficial do Laboratório (http://www.lct.poli.usp.br/), onde constam os procedimentos e formulários básicos. Posteriormente são agendadas reuniões para discutir com mais detalhes as demandas, valores e/ou eventuais contrapartidas.

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