FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

 

“Estamos aqui para formar engenheiros que tem consciência da sua importância pública”, afirmou diretor da Poli-USP

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A Escola Politécnica da USP realizou, na manhã deste sábado, dia 13 de fevereiro de 2016, uma reunião aberta aos pais dos alunos ingressantes deste ano. O evento é realizado todos os anos, e tem como objetivo apresentar a Escola acadêmica e administrativamente, e conscientizar as famílias sobre a nova realidade do aluno. A direção da Escola entende que o apoio familiar é imprescindível para apoiar o aluno em um curso que exige muita dedicação.

Participaram do evento o diretor da Escola, professor José Roberto Castilho Piqueira, que realizou a palestra de abertura, a vice-diretora, professora Liedi Légi Bariani Bernucci, os professores Fábio Cozman e Augusto Câmara Neiva, que fizeram uma apresentação sobre o ciclo básico, a USP e a estrutura curricular dos cursos de graduação, a assistente acadêmica da Poli, a funcionária Angela Buscema, a ouvidora da Escola, a funcionária Maria Cristina Olaio Villela, o presidente do Grêmio Politécnico, o estudante Thiago Staibano, e o diretor-presidente do fundo patrimonial Amigos da Poli, Máximo González. Cada palestrante apresentou um aspecto da Escola, e o evento foi encerrado com a exibição de um vídeo institucional sobre as atividades sociais e de pesquisa. O vídeo pode ser visualizado no link https://youtu.be/nQbIzh-jMk0.

O diretor da Poli-USP iniciou sua palestra parabenizando os pais e responsáveis. “O ingresso dos seus filhos não começou no colégio, nem no cursinho, começou em casa. Cada um de vocês começou a aprovação dos seus filhos nesta Escola, por isso todos estão de parabéns. Vocês são uma parte muito importante. E porque consideramos vocês uma parte importante é que nós organizamos, todo ano, está pequena recepção aos pais”.

Piqueira comentou o orgulho politécnico que povoa o imaginário dos alunos, ex-alunos, professores e funcionários, devido às grandes contribuições que personalidades que passaram pela Escola fizeram ao Estado de São Paulo e ao país, por meio do desenvolvimento tecnológico. Ele contou os fundadores da Escola tinham como objetivo democratizar o acesso à formação tecnológica. “Esta Escola foi fundada em 1893, portanto 60 anos antes da USP. O Brasil era recém saído do império e do regime escravocrata. Esta Escola foi fundada por republicanos abolicionistas que acreditavam que o progresso do país e que a vida das pessoas dependia do progresso intelectual e tecnológico. E por isso fundaram essa Escola e entendiam que o progresso intelectual e tecnológico não deveria ser privilégio de poucas famílias que podiam mandar seus filhos estudar na Europa. Que este privilégio deveria ser difundido a todos, e por isso fundaram essa Escola”.

O diretor acredita que, ao longo de todos estes anos, a Poli cumpriu com esta tarefa. “Participou ativamente da Revolução de 1932, da construção das principais rodovias do Estado de São Paulo, da seleção de materiais e de testes em equipamentos elétricos no começo do século XX, quando São Paulo começou a progredir, na década de 1950 foi escolhida pela Marinha do Brasil para ser a sua Escola de Engenharia”. E ressaltou a história e tradição da Escola. “Tem uma tradição de formar profissionais de primeira linha, tem uma tradição de contribuir decisivamente para o progresso tecnológico e social do país. É nisto que os seus filhos estão entrando”.

O diretor concluiu sua fala contando aos pais o quanto custa à sociedade a formação dos alunos. “500 professores doutores e toda essa infraestrutura custa, e não é pouco. Cada aluno custa cerca de 4500 reais por mês ao serviço público. Portanto quando o aluno entra aqui ele adquire um direito e uma grande obrigação, de devolver isso para a sociedade. E não devolver em dinheiro, mas devolver com competência, é devolver criando novas empresas e gerando empregos, é devolver trabalhando honestamente. É nisto que eu quero insistir nesta palestra inicial. A Escola tem tudo para formar ótimos engenheiros tecnicamente. Ética, respeito ao bem público e ao trabalho vem de casa. Nós fazemos o melhor que podemos, mas nós precisamos de vocês. Estamos aqui para formar engenheiros que tem consciência da sua importância pública”.

A ex-aluna da Escola e hoje mãe de um calouro, Cristina Coelho de Abreu, participou das palestras com o seu marido, que também se formou na mesma época. Formada em Engenharia Elétrica em 1993, ela conta acompanharam todo o desenvolvimento da Escola desde então. “Tanto a estrutura física quanto o desenvolvimento, a parceria com a sociedade, o compromisso. A Escola Politécnica deu um salto neste período”. Cristina comenta que além da estrutura mais evoluída e organizada, ficou clara a preocupação da Escola em formar pessoas para sociedade. “A gente viveu isso, só que não tinha tanta consciencia social e a Escola não divulgava tanto isso. Os alunos que saíram, assim como nós, perceberam isso ao longo da carreira. Só que a Escola não demonstrava isso pros seus alunos e pros pais. Isso foi uma conquista muito grande, porque ter consciência disso, dessa responsabilidade que os alunos tem, é uma coisa fantástica”, concluiu, elogiando a iniciativa de realizar o evento.

O evento é realizado todos os anos e os alunos recebem o convite aos pais e responsáveis no dia da matrícula, junto ao kit de material informativo.

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