FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

Feira apresenta projetos em Engenharia, Ciências Agrárias, Biológicas Exatas e da Terra, Humanas, da Saúde e Sociais e Aplicadas.

Aproximadamente três mil pessoas visitaram a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que começou ontem (21/03), na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Na grande tenda montada no estacionamento, ao lado do Prédio da Administração da Escola, alunos do Ensino Médio de todo o País estão expondo seus projetos, cujos temas se relacionam aos diversos campos das Ciências e Engenharia.

A 15ª edição da Feira teve mais de dois mil projetos inscritos. São 700 alunos e 400 professores finalistas a participarem da exposição, cujos trabalhos serão analisados por aproximadamente 700 avaliadores. Eles observam os projetos de acordo com critérios como criatividade, inovação e conhecimento científico. Os alunos e docentes que se destacarem receberão prêmios como troféus, medalhas, bolsas de iniciação científica e estágios A equipe melhor colocada vai expor seu projeto na Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel (Intel ISEF) em Los Angeles, EUA.

Antes de chegar à Feira, os estudantes e professores expositores percorreram um longo caminho. Para ser um finalista e ter seu projeto exposto, os estudantes precisam formar uma equipe, que deve ser composta por um professor orientador e um grupo de um a três alunos da mesma instituição, e submeter à Febrace um relatório, por meio do site do evento, com informações sobre o plano de pesquisa, um resumo e uma foto do que a equipe  irá estudar. Após a análise de todas as propostas, os finalistas são anunciados em uma lista divulgada eletronicamente.

Primeiro dia – A cerimônia de abertura da 15ª Febrace teve a presença da vice-diretora da Poli, professora Liedi Legi Bariani Bernucci, que agradeceu o esforço de todos os envolvidos na organização da  Febrace, saudou as autoridades e ressaltou a importância que um evento como esse tem para a Escola e para incutir nos jovens a curiosidade científica. Também participante da abertura, o vice-reitor da USP e professor da Poli, Vahan Agopyan, traçou um histórico do evento, destacando a sua continuidade ao longo do tempo.

O primeiro dia foi bem agitado. Os visitantes se surpreenderam com o nível de inovação dos projetos. “É fantástico e muito interessante ver os meninos se preocuparem com questões tão pertinentes à sociedade como sustentabilidade, diversidade e questões sociais”, afirmou Maria Fátima dos Santos, servidora pública em São Paulo. Pelo segundo ano consecutivo ela visitou a Febrace. Nesta edição, por um motivo especial: suas duas filhas estavam expondo um trabalho sobre a utilização de minhocas no solo.

As amigas Milena Torres, Sthefany Reis e Elisabeth Pazetti, estudantes do Colégio São Paulo, estiveram na Feira pela primeira vez e, de cara, se interessaram por um projeto relacionado ao uso do videogame para aprendizado. Segundo elas, a visita é uma experiência que traz uma nova perspectiva a quem está no Ensino Médio.

As ideias – Quem visitar a Febrace poderá conhecer jovens do Brasil inteiro e suas propostas e soluções, no mínimo, surpreendentes, para grandes problemas da sociedade brasileira. É o caso dos amigos Arthur de Freitas Pretcher, Leonardo Martins e Luciano Sampaio da Silva, do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, Campus Charqueadas Eles desenvolveram a Smartleg, um modelo de prótese robótica transfemoral capaz de trazer uma melhor qualidade de vida para pessoas que sofreram amputação.

A Febrace continua aberta aos visitantes até quinta-feira (23/03), das 14h às 19h, e a entrada é gratuita. Na sexta-feira (24/03) será realizada no Anfiteatro do Centro de Difusão Internacional da USP, às 15h, a cerimônia de premiação dos melhores projetos. O evento é aberto ao público.

Confira as fotos do evento em nosso álbum no Flickr

(Amanda Panteri)

Print Friendly, PDF & Email