FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Equipe multidisciplinar do projeto Envelhecimento Ativo, do qual a Poli foi pioneira, ajuda a promover qualidade de vida entre servidores.

Pressão alta, sobrepeso e colesterol pré-diabético. Esse era o diagnóstico de Altair de Souza Sebastião um ano atrás. “Então surgiu esse projeto”, conta. Ele fala sobre o Envelhecimento Ativo, uma iniciativa coordenada pelo Hospital Universitário (HU) da USP, que incentiva funcionários a adotar um estilo de vida com mais qualidade, não apenas em termos de saúde, mas de bem estar e convívio com a família e a sociedade.

Altair trabalha na Escola Politécnica (Poli) e, no último dia 6 de março, celebrou com seus colegas e a equipe responsável o primeiro ano da implementação do programa na unidade. Ele já perdeu 9 kg, conseguiu correr uma prova de 5 km em trinta minutos e pretende continuar participando do projeto. “Nós somos liberados uma hora do horário de trabalho para fazer atividades na semana. Mas começamos a perceber que esse tempo era pouco, então passamos a vir mais cedo e fazer outros exercícios”, relata animado.

A Poli foi pioneira no Envelhecimento Ativo e, durante o evento, foram constatados os benefícios dessa parceria. O professor José Roberto Castilho Piqueira, diretor da Escola, ressaltou a importância dos funcionários para a Universidade e como era fundamental que a USP pensasse em ações para melhorar a qualidade de vida deles. Piqueira ainda afirmou que o projeto continuará acontecendo na Poli e que irá propor a adesão de outros departamentos da unidade.

Para o médico Egídio Dórea, coordenador geral da iniciativa, uma melhora no modo de vida é uma escolha e, para isso, é preciso o uso das ferramentas adequadas. O projeto pretende, justamente, oferecer esse suporte ao servidor da Universidade. Assim, o Envelhecimento Ativo deve se manter ao longo da vida dessas pessoas e precisa ser adaptado ou melhorado de acordo com suas necessidades.

“Temos uma perspectiva de que, em 2050, ocorrerá a inversão demográfica no Brasil, ou seja, nós teremos mais idosos do que jovens. O país envelheceu muito rapidamente. Isso faz com que seja necessário uma série de mudanças políticas, para que possamos atender essa população”, explica o médico, ao ressaltar como esse tipo de iniciativa é importante atualmente.

Em sua fala, a professora Carolina Magalhães relembrou que o Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp) está mobilizado com o projeto e que todos os cursos estão disponíveis para os funcionários. Durante a cerimônia, ela propôs uma atividade: cada um recebeu uma bexiga e começou a jogar para cima e para os outros colegas. Com menos de um minuto, todos os presentes estavam rindo da inocente brincadeira, com os rostos corados. No final, Carolina disse que os participantes do projeto já tinham ultrapassado a barreira mais difícil para uma vida saudável, que era a mudança na rotina, e agora, assim como as bexigas, não poderiam deixar essa iniciativa “cair”.

Vantagens – Para incentivar os funcionários, o projeto possui um sistema que contabiliza os avanços na saúde de cada participante. A Poli, por sua vez, distribuiu medalhas para as maiores pontuações. Além disso, cada um possui um cartão de frequência do Cepeusp para sistematizar a sua presença nas atividades.

O Envelhecimento Ativo trouxe benefícios não apenas na saúde, mas na convivência dos funcionários. É o que afirma Joana Cristina Borsato Rossi, enfermeira do trabalho do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT). Ela informa que atualmente participam do projeto, além da Poli, a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, o Instituto de Matemática e Estatística, a Guarda Universitária, o Instituto de Física, a Superintendência de Comunicação Social, o Instituto de Biociências, a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade e a Edusp.

Cláudia Fernanda de Lima trabalha na divisão de biblioteca na Poli e outros colegas seus também estão participando do projeto. “Isso incentiva a continuar tudo que estamos fazendo. Tanto nas atividades físicas, quanto no cuidado com a alimentação e a presença nas consultas”, comenta.

Para participar do projeto não há faixa de idade e o coordenador Egídio Dórea complementa: “partimos do pressuposto de que quanto mais cedo você fizer essas mudanças no seu cotidiano, melhor. Em qualquer idade que você entrar, terá benefícios. Não é um programa focado para idosos, é focado em um curso de vida”.

Para mais informações, mande um e-mail para envelhecimentoativo@hu.usp.br.

Confira aqui o álbum de fotos do evento do Envelhecimento Ativo no Flickr da Poli.

(Matéria reproduzida do Jornal da USP)

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