FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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O grupo de pesquisa sediado na Escola, GAESI, foi contratado pelo Hospital para realizar especificações do trabalho

 

Um grupo de pesquisa e desenvolvimento na área de automação e gestão de processos, o GAESI, sediado na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), ­está contribuindo no desenvolvimento de um projeto-piloto de rastreabilidade de medicamentos proposto no convênio assinado pela Associação Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) em abril deste ano.

O sistema está previsto na Lei 13.410 de 2015, e se encontra agora na fase de elaboração das especificações para a sua criação, que conta com a consultoria direta do GAESI. Eduardo Mario Dias, docente da Escola e coordenador do grupo, explica que a etapa é essencial, visto a complexidade da ferramenta a ser lançada em território nacional. “A Poli atua dando consultoria e apoio na parte de criar o projeto e fazer as considerações para que todo esse sistema, que é de uma complexidade muito grande, funcione”.

Depois de criado, o modelo será testado durante oito meses. Se funcionar, deve ser implantado oficialmente em até três anos. “Ainda faremos cases para comprovar que a tecnologia utilizada é aderente ao assunto”, completa o professor.

Como funciona – A previsão é que todos os remédios vendidos nas farmácias e disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) passem a conter um QR code, espécie de código de barras de leitura rápida, que por sua vez carregará todas as informações a respeito da fabricação e transporte dos medicamentos, desde a sua produção até chegar às prateleiras.

O projeto deve receber em torno de R$ 5 milhões, e conta com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Segundo Dias, o modelo poderá resolver uma grande dificuldade da área da Saúde. “Atualmente, os desvios e falsificações de remédios no Brasil são inúmeros, e os sistemas manuais não permitem o controle. O sistema entra então para ordenar o mercado”.

O GAESI Saúde, como é conhecida a equipe que trabalha conjuntamente com o docente, é formado por outros professores do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos (PSI) da Escola e alunos cujos mestrados e doutorados são do mesmo assunto.

Dias, que já coordenou um projeto com o Ministério da Agricultura para o desenvolvimento da ferramenta eletrônica Canal Azul (outras informações no link), confirmou o interesse de outros órgãos do Ministério da Saúde em parcerias futuras. “É uma coisa revolucionária na área, pois mostra que a Engenharia é imprescindível para ajudar a Medicina na área de automação”. 

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