Alunos da Escola Politécnica participam da Maratona Paulista de Programação e garantem posições de destaque
No mês de maio de 2025, foi realizada a primeira edição da Maratona Paulista de Programação (MPP) – Sociedade Brasileira de Computação (SBC). O evento ocorreu na Universidade Federal do ABC (UFABC), em Santo André, e contou com a participação de mais de 50 equipes formadas por alunos de graduação. Com o apoio do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais , quatro equipes de alunos da Escola Politécnica (Poli) da USP participaram da competição.
O que é uma Maratona de Programação?
A Maratona de Programação é um evento inspirado no International Collegiate Programming Contest (ICPC) – Competição Internacional Universitária de Programação, em inglês -, o maior torneio de computação entre alunos do ensino superior do mundo. No Brasil, as maratonas são organizadas pela SBC, que segue o mesmo modelo da entidade estrangeira.
A competição é disputada por times compostos por três competidores, que são responsáveis por um único computador. Cada equipe recebe uma prova impressa com no mínimo dez problemas que envolvem algoritmos e estruturas de dados. Os alunos devem solucionar as questões propostas desenvolvendo programas com a linguagem estabelecida pela competição (C, C++, Java, Kotlin ou Python), dentro de um intervalo de cinco horas.
Durante a resolução, os participantes não podem consultar nenhum tipo de material eletrônico. Assim que finalizarem, as respostas são submetidas ao sistema de avaliação que julgará se os programas desenvolvidos cumprem o que foi proposto. Para cada acerto, um balão colorido é dado a cada equipe. A competição é vencida pela equipe que resolver o maior número de problemas.
A experiência dos alunos
A MPP contou com a participação de 12 competidores representantes da Poli, divididos em quatro equipes: Antedeguemon, Codeblooded, Regra da Cadeia Jorge e honey mustache. A experiência foi o primeiro ou segundo contato da maioria dos alunos com esse tipo de dinâmica. Lucas Libanio, João Pedro e Ulisses Alves, membros do time Antedeguemon, contam que tiveram uma ótima experiência. “Foram cinco horas que passaram voando, por conta da concentração. Este tipo de torneio exige muito raciocínio lógico e criatividade. A atmosfera de todo o evento foi muito agradável”.
A equipe conta que essas competições não são apenas importantes para pôr em prática o conhecimento adquirido em sala de aula e desenvolver um raciocínio dinâmico, como também preparam os estudantes para processos seletivos de vagas de programação em grandes empresas, que costumam usar os moldes das maratonas com problemas mais simples e com um tempo menor.

Todos os competidores politécnicos fazem parte da Polibits, grupo de extensão de alunos de Engenharia da Computação voltado para o treinamento de maratonas. Bárbara Fernandes, integrante do time Codeblooded, destacou o papel do grupo em sua preparação. “Foi fundamental, tanto na divulgação, quanto nos suporte oferecido. Houve aulas preparatórias muito úteis, guia de estudos, pessoas sempre dispostas a sanar nossas dúvidas e uma comunidade ativa e acolhedora. Isso faz toda a diferença”.
Sua colega de equipe, Mariana Silva, explicou que o grupo de extensão desmistificou a complexidade das maratonas. Antes, ela acreditava que esse tipo de evento era destinado exclusivamente a pessoas com experiência na área. Mas, aos poucos, ela quebrou esse estigma e tomou gosto pelo mundo da programação competitiva.
A coordenadora do grupo e terceira integrante do Codeblooded, Ana Vitória Murad, participou pela primeira vez desse tipo de competição e falou sobre a emoção de estrear e a contribuição da Polibits. “A experiência foi incrível. Não me sentia confiante para participar antes, mas o apoio de minhas colegas me motivaram. A Polibits foi o que me aproximou de pessoas do meio. Sem ela, provavelmente nunca teria me interessado em competir”.
