FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

Skyrats, equipe de drones inteligentes da Poli-USP,  participa de competição internacional na Holanda

Grupo retorna ao Brasil após conquistar o pódio em uma das três modalidades da competição IMAV

Entre os dias 12 e 16 de setembro, a equipe de drones inteligentes da Escola Politécnica (Poli) da USP, Skyrats, participou da IMAV 2022, na cidade de Delft, na Holanda. Sigla em inglês para Conferência e Competição Internacional de Micro Veículo Aéreo, o evento acontece anualmente, e em 2022 chegou à 13ª edição. Com auxílio financeiro da  Escola Politécnica e da USP para a viagem, o grupo viabilizou o projeto com apoio do Fundo Patrimonial Amigos da Poli e uma campanha de financiamento coletivo iniciada no primeiro semestre deste ano. Ao todo, participaram da competição 17 alunos da Poli integrantes do grupo.

Sob orientação do professor Marcelo Zuffo, do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos, a equipe Skyrats iniciou suas atividades em 2017 na Poli. Inicialmente formado por apenas 15 membros, o grupo conta hoje com a participação de mais de 70 alunos de graduação da Poli. Desde sua concepção, a equipe vem trabalhando no desenvolvimento de drones autônomos com foco na participação em competições, além da formação de estratégias tecnológicas com aplicação cotidiana. O seu propósito é a capacitação técnica e profissional de seus membros.

A equipe Skyrats retorna ao Brasil com um ótimo desempenho na competição, tendo conquistado um lugar no pódio em uma de suas três modalidades e ocupado o quarto lugar nas outras duas. Bento Brandani, um dos responsáveis pela comunicação do time, conta que os planos para o futuro da equipe são o de melhorar a autonomia dos drones, desenvolvendo uma asa fixa e aprimorar conhecimentos no Crazyflie, para buscar  vitória na IMAV 2023, na Alemanha; também fala em continuar com o foco no desenvolvimento pessoal e técnico dos membros do grupo e nos resultados nas competições nacionais, como a Competição Brasileira de Robótica em outubro. A primeira participação da equipe no IMAV foi em 2019, em Madri. Naquele ano, eles competiram em duas modalidades e conquistaram o quinto e sexto lugares.

Confira abaixo os depoimentos dos membros do grupo. Acompanhe os próximos passos da SkyRats em seu perfil no Instagram. Para outras informações sobre o grupo, acesse o seu site oficial.

 

Participar da IMAV 2022 significou muito para mim, pois além de toda a adrenalina que é participar de uma competição internacional, foi minha primeira                          viagem para a Europa, onde pude ter contato com outras culturas, praticar o inglês e me desafiar vivendo momentos únicos.

A participação na competição foi um momento de realização, pois desde que entrei na equipe em 2020, essa foi minha primeira competição presencial em que pude ver todo o trabalho que realizamos ser colocado em prática. 

Voltei para o Brasil com um grande sentimento de realização, pois após todas as noites viradas e esforço do nosso grupo conseguimos conquistar ótimas colocações mesmo que ainda sendo graduandos, assim mostrando o potencial da nossa universidade e do nosso país.

Bento Brandani

Na viagem realizada para os Países Baixos com auxílio da USP, participei como Capitão do subsistema de Desenvolvimento de Software da equipe Skyrats.           Apesar dos desenvolvimentos mais amplos, da gestão dos membros e da metodologia de projeto, durante a viagem em si me estabeleci no time que competiu na categoria Outdoor da competição, que tinha como tema a entrega autônoma de pacotes com drones.

A experiência de participar, tanto da conferência quanto da competição, foi um divisor de águas em termos de conhecimento técnico, já que tivemos a experiência de conversar com as melhores equipes do mundo e compreender a fonte de seus pontos fortes. Em especial, o fato de que a grande maioria das equipes eram de mestrado e doutorado trouxe para nós, alunos de graduação, uma perspectiva diferente em relação a métodos de pesquisa e o que significa estar no estado da arte.

Esse conhecimento será aproveitado dentro da equipe para que continuemos melhorando nossa competitividade. Todos na equipe estão muito felizes com os resultados – 4º lugar na categoria Package Delivery, 4º lugar na categoria Greenhouse Challenge e 3º lugar na categoria Nanodrones AI – e na oportunidade de poder representar a Poli, a USP e o Brasil em uma competição internacional.

Pedro Pimentel Fuoco

 

Sou o Felipe, atual capitão de hardware da Skyrats e estou cursando engenharia elétrica na Poli desde 2020. A experiência de participar de uma competição                        internacional é única. Toda a responsabilidade de estar representando o Brasil e a USP e a vontade de fazer o projeto de tantos meses dar certo nos deram motivação para conseguir a colocação que conseguimos, e não foi com pouco esforço! Várias noites sem dormir, horas de reuniões de planejamento e estratégias e muito trabalho em equipe; mas graças à Skyrats ser uma família, sempre unida, nunca desistimos e sempre apoiamos uns aos outros.

Ter o contato com pesquisadores da mesma área de outros lugares do mundo trouxe novas ideias a serem aplicadas, novas tecnologias e metodologias para resolver problemas de robótica aérea.

Com certeza meu maior aprendizado durante tudo isso foi o das soft skills, como trabalhar em grupo e organizar projetos. Além disso, também é de destaque todo aprendizado técnico de engenharia que tive nesses anos.

Felipe Namour

 

Participar dessa competição foi uma experiência única que me deixou                        muito inspirado em relação à pesquisa envolvendo drones e em relação à engenharia como um todo. A viagem me permitiu conhecer novos países, ver outras culturas e desenvolver minha autonomia. Durante a competição pude ver drones de empresas profissionais e de equipes de doutorado do mundo todo que de uma perspectiva mecânica me trouxeram ideias e inspirações para aplicar na minha carreira futura.

Além da competição pude ver palestras dos pesquisadores que estavam participando e foi muito interessante ver a metodologia de tomada de decisões no mais alto nível de pesquisa e ver quais áreas estavam sendo exploradas, como biomimetismo e materiais compósitos de alta resistência com uma pegada mais ecológica. Volto com vontade de apresentar o que eu pude ver para outros membros da equipe, e como representante do subsistema da mecânica que cuida das estruturas dos drones, vou buscar aplicar o que vi e tentar inovar no design de drones.

Thomas Michael Cruz Lutes

 

Sou João Pedro, membro da Skyrats. A experiência que tive durante essa semana de competição foi uma das melhores que já tive, pois tive a oportunidade de colocar em prática o trabalho que eu e meus colegas vínhamos realizando desde o início do ano.

Outro aspecto muito positivo dessa viagem foi a conferência e o contato com outros participantes da IMAV. No evento, foi possível entrar em contato com diversas empresas e pesquisadores conceituados na área de drones, e dessa forma fomos capazes de conhecer muitas tendências e métodos que irão ditar o futuro da robótica e dos drones em geral.

João Pedro

 

Entrei na Skyrats em 2021 e sempre ouvi sobre como a competição                  internacional IMAV seria uma das melhores experiências que poderia ter. Mas a realidade da competição foi ainda melhor, pois nunca imaginei a quantidade de pessoas e equipes de alto nível, compostas pelos melhores pesquisadores na área de drones. Conversar com eles e ver suas palestras foi realizador, e competir com eles em um nível parecido foi ainda melhor. Ver o fruto do nosso trabalho voando e conseguindo pontuar em uma competição tão difícil e prestigiada deu um significado diferente pro meu trabalho na equipe e me deixou ainda mais animado pra continuar melhorando nosso trabalho.

Artur Paparounis

 

 

Bento Brandani conta que “a oportunidade de levar o nome da Escola Politécnica, com apenas membros de graduação, e ainda assim conquistar ótimas colocações na competição, foi emocionante e com certeza foi uma experiência muito enriquecedora para todos os alunos que puderam participar.” Sobre os aprendizados do grupo durante a viagem, destaca a oportunidade de conversar com especialistas na área de robótica aérea e compreender melhor alguns pontos que podem ser melhorados em seus drones, tanto em questões estruturais quanto de arquitetura de hardware e software. Também acrescenta que “a competição nos incentivou a começar a usar o nanodrone CrazyFlie, e com isso a equipe abriu portas para o desenvolvimento de inteligências artificiais para processadores de baixo desempenho. Agora, com o uso de drones de pequeno porte, temos a oportunidade de conquistar mais facilmente pontos nas modalidades indoor das competições por conta do fator peso.”


Acompanhe os próximos passos da SkyRats em seu perfil no Instagram. Para outras informações sobre o grupo, acesse o seu site oficial.

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