[Foto: Divulgação/GMTO Corporation/Youtube]
Data: 01/07/2025
Docente da Poli entrevistado: O projeto conta com o professor Tarcisio Antonio Hess Coelho, do Departamento de Engenharia Mecatrônica e de Sistemas Mecânicos da Poli-USP na equipe técnica.
Resumo: A tecnologia do Telescópio Gigante de Magalhães (GMT – Giant Magellan Telescop) é tema da série Mirando as Estrelas, produzida pelo projeto GMT Brasil, que acaba de lançar um novo episódio, apresentando em detalhes alguns dos instrumentos da primeira geração que entrarão em funcionamento no telescópio em construção no deserto do Atacama, no Chile. A série é uma parceria entre o GMT Brasil, o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), com realização da TV Univap e apoio do Laboratório Nacional de Astrofísica. O episódio já está disponível no canal do Youtube.
Graças ao seu design óptico e à instrumentação de ponta, o GMT será o líder da nova geração de megatelescópios, sendo 200 vezes mais potente do que os melhores telescópios da atualidade, produzindo imagens com dez vezes mais nitidez do que o Telescópio Espacial James Webb. Essa tecnologia é apresentada nesse episódio, a partir dos modelos 3D dos instrumentos que estão sendo fabricados por profissionais brasileiros em parceria com universidades e instituições de pesquisa internacionais.
O Telescópio Gigante de Magalhães (GMT) é um dos maiores telescópios em construção no mundo, localizado no Observatório de Las Campanas, no deserto do Atacama, Chile. Quando estiver concluído, terá um espelho primário de 25,4 metros de diâmetro, formado a partir de sete segmentos de 8,4 metros — dispostos em formato de flor. O GMT será usado para estudar a formação de estrelas e galáxias antigas, buscar sinais de vida em exoplanetas e investigar a matéria escura e a energia escura no Universo, além de responder perguntas que os astrônomos ainda nem sabem quais serão. A previsão é que entre em operação no início da década de 2030 e funcione por mais de 50 anos.
Desde 2014, a Fapesp é membro-fundadora do consórcio GMTO, a partir de um investimento de US$ 50 milhões, o que equivale a 4% do tempo de operação anual do telescópio para cientistas do Estado de São Paulo. A equipe brasileira possui mais de 70 profissionais de diversas áreas, incluindo professores, consultores, técnicos e bolsistas, que formam o escritório GMT Brazil Office (GMTBrO), atualmente liderado pelo IAG. Participam também desta equipe professores e colaboradores do Instituto de Física (IF) e Escola Politécnica (Poli) da USP, do Instituto Mauá de Tecnologia, do Instituto de Física da Universidade de Campinas (Unicamp) e da Universidade do Vale do Paraíba (Univap), entre outros.