FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Lucon, Grimoni e Rizek Júnior, na solenidade de assinatura do convênio

Você consegue imaginar que poderá em breve gerar parte da energia que consome e ainda exportar o excedente para seus vizinhos, ganhando de presente um bom desconto na conta de luz no fim do mês? Pois esta situação começa a ganhar cada vez mais corpo em São Paulo, a partir da de um convênio do governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP). O compromisso de realizar estudos como tornar real uma situação como esta, foi firmado na última terça-feira, 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, em cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo Paulista, na Capital. A Poli foi chamada a integrar este trabalho pela experiência de pesquisa que tem na área, inclusive com projetos com diversas instituições públicas e privadas.

O sistema que permitira viabilizar isto, batizado de “smart grid”, termo em inglês para rede inteligente, busca integrar e gerenciar as diferentes fontes de energia disponíveis. “É um grande exemplo de uso racional de fontes energéticas, como as geradas por fontes hidrelétricas, solares a eólicas, e que torna a rede elétrica mais eficiente”, explica José Aquiles Baesso Grimoni, professor do Departamento de Energia e Automação da Poli, e que está coordenando este estudo pela Escola. “Envolve também uma grande rede de informação e de comunicação, que é capaz de restabelecer rapidamente a energia de forma automática em parte das regiões afetadas por um desligamento da energia da rede”, acrescenta Grimoni.

A adesão ao sistema é voluntária e pode beneficiar não apenas residências, mas empresas, indústrias e órgãos públicos. “O consumidor, por exemplo, terá que fazer um investimento inicial para adquirir um sistema fotovotaico residencial, mas isso se dilui ao longo do tempo, pela economia que se fará no gasto com eletricidade”, acrescenta o especialista. “Além disso, vamos aproximar a geração de energia do centro consumidor, dependendo menos de usinas localizadas em cidades ou Estados distantes.”

Ainda há um longo caminho a ser percorrido até o sistema estar totalmente implantado. É preciso que se crie legislação específica, que as operadoras de energia se preparem para a nova demanda, que equipamentos específicos sejam produzidos. Os parceiros neste projeto, no entanto, querem aproveitar as experiências bem sucedidas em países como Alemanha, China, Estados Unidos e Japão para que o sistema esteja plenamente à disposição da população no início de 2013. “Em todo este processo, a Poli estará presente, com sua equipe de professores, pesquisadores e laboratórios”, frisa o professor Aqules Grimoni.

À solenidade de assinatura deste e de outros convênios estiveram presentes o Governador Geraldo Alckmin, o secretário de Meio Ambiente Bruno Covas e diversos representantes das entidades participantes de diversas ações e iniciativas do Estado de São Paulo em prol da conservação, preservação e desenvolvimento sustentável. O professor Aquiles Grimoni representou a Poli no evento e firmou a parceria. Steiveram presentes também o secretário adjunto de Meio Ambiente Rubens Naman Rizek Júnior, e do assessor para Mudanças Climáticas e Economia Verde da pasta, Oswaldo Lucon.

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