FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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 Evento da Poli-USP abordará as oportunidades da aplicação desta tecnologia, que tem potencial para desburocratizar, com transparência e segurança, diversos serviços e processos do governo

Já imaginou um sistema online de registro de imóveis em que todos os integrantes da cadeia do negócio possam acompanhar as transações de forma ágil, segura e com transparência? Ou um sistema em que o histórico de doenças do paciente esteja disponível para qualquer médico? Isso está sendo testado na Suécia e na Estônia graças à blockchain – uma tecnologia que promete revolucionar serviços e processos e que será assunto de um seminário promovido pelo Centro de Estudos Sociedade e Tecnologia (CEST) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), em São Paulo, no dia no dia 26 de outubro.

A blockchain é uma base de registro de dados que guarda todas as transações de um mercado, serviço ou processo públicos, de forma criptografada. As informações são compartilhadas por meio de um software, que roda em qualquer computador. O controle não é centralizado, mas, se alguém da cadeia tentar fazer algo fora das regras, outras pessoas conectadas à rede podem detectar e rastrear o desvio. “No Brasil, a discussão sobre a aplicação desta tecnologia já começou para dar mais transparência às contas do governo, mas há diversas outras aplicações com muitos benefícios para a sociedade”, explica o pesquisador Lucas Lago, que integra o CEST.

 “No seminário, iremos discutir as possibilidades de o governo utilizar essa tecnologia de forma direta para aperfeiçoar políticas públicas que já existem, ou criar novas”, adianta. “Vamos abordar como a sociedade pode utilizar esse protocolo para melhorar serviços essenciais, ampliar a transparência e melhorar prestação de contas do governo”, acrescenta.

Segundo ele, a grande inovação trazida pela tecnologia está em permitir o armazenamento de dados em um sistema computacional sem que esse dado possa ser alterado depois de inserido. “Esse banco acaba sendo a estrutura ideal para armazenar informações que devem ser imutáveis, como registro de imóveis, resultados de exames médicos e consultas”, exemplifica.

Exemplos de fora – A Suécia, desde junho de 2016, vem elaborando um sistema de registro de imóveis baseado em blockchain. “A ideia é que a base de dados seja mantida pela autoridade de registros sueca, a Lantmäteriet, e compartilhada por bancos, imobiliárias, compradores e vendedores, de forma que as informações sejam mantidas de forma acessível e segura para todos os envolvidos em uma transação imobiliária”, conta. A solução sueca ainda está em fase de testes.

A Estônia é outro país engajado no uso da tecnologia. “Os dados de saúde dos cidadãos da Estônia já são tratados de forma online, mas não em uma plataforma distribuída como o novo projeto pode permitir. Caso tenha sucesso, essa nova implantação permitirá que médicos e pacientes tenham acesso às suas informações de saúde de forma segura e privada, além de as informações permanecerem armazenadas por tempo indeterminado na blockchain”, explica.

Especialistas convidados – O seminário contará com a participação de especialistas de diversas áreas, do Brasil e exterior, como o professor Bernardo David, do Tokyo Institute of Technology; Daniel Annenberg, secretário Municipal de Inovação e Tecnologia de São Paulo; e Cristiane Vianna Rauen, consultora técnica do Departamento de Políticas e Programas Setoriais em Tecnologia da Informação e Comunicações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

A inscrição no evento é gratuita e deve ser feita até o dia 24 de outubro pelo site: https://doity.com.br/cest-blockchain-no-governo, onde também consta a programação.

Serviço: O I Seminário Tecnologia Blockchain para Políticas Públicas será realizado no dia 26 de outubro, das 8h30 às 13h, no Auditório do prédio da Bionanomanufatura – prédio 50 – do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo – IPT (Av. Prof. Almeida Prado, 532, Cidade Universitária, São Paulo – SP).

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