FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Pesquisador 1A do CNPq, o engenheiro químico Reinaldo Giudici atua também na Capes e na Fapesp, entre outras atividades

Uma das características mais marcantes do perfil do do professor Reinaldo Giudici, o novo vice-diretor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), é sua capacidade de executar diversas tarefas ao mesmo tempo. Dar aulas na graduação e pós-graduação do Departamento de Engenharia Química (PMI), fazer pesquisa e orientar seus atuais dez mestrandos e doutorandos é apenas uma pequena parte do trabalho cotidiano de um profissional que desenvolve uma sólida carreira acadêmica atuando também em outros campos.

Sua competência começou a ser atestada já no início de sua vida profissional, quando foi um dos três melhores alunos da Poli no ano em que se graduou na Escola. Hoje ele é pesquisador PQ-1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a classificação mais elevada obtida pelos cientistas brasileiros no que tange à sua produtividade, obtida de acordo com vários quesitos, como o número de orientações em mestrado e doutorado já realizadas e de artigos científico publicados em revistas de alto impacto.

Em paralelo às atividades de ensino e pesquisa, Giudice se envolve em outras iniciativas. Desde 2008, por exemplo, ele atua como editor-chefe da publicação científica Brazilian Journal of Chemical Engineering, da Associação Brasileira de Engenharia Química. Há quatro anos, coordena uma área de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e há dois anos é coordenador de área na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O início – Reinaldo Giudici graduou-se em Engenharia Química, em 1983, na Escola Politécnica, quando recebeu o prêmio “Conde Armando Álvares Penteado”, oferecido anualmente pela Diretoria aos formados classificados entre os três melhores alunos. Ao longo de sua trajetória como docente da USP, atuou equilibradamente na graduação, na pós-graduação (desde 1990), na pesquisa, e na administração.

Concluiu seu mestrado (1986) e seu doutorado (1990) pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química na Poli-USP. Entre os anos de 1992 e 1993, realizou estágio de pós-doutorado na McMaster University, Canadá, onde atuou como pesquisador visitante. Foi contratado como professor na Poli-USP em outubro de 1984, e foi aprovado no concurso de Livre-Docência em 1994. Alcançou o topo da carreira docente em 1999, quando se tornou professor titular.

Um de orgulhos de sua trajetória profissional foi ter criado, dentro da disciplina de laboratório de Engenharia Química, a atividade de “experiência aberta”, em que os alunos concebem, projetam, constroem, testam e realizam um experimento de laboratório a partir de um problema a eles proposto. Foi professor homenageado pela turma 1994.

Na pós-graduação, orientou, até o momento, 29 mestres e 25 doutores, e publicou mais de 100 artigos em periódicos indexados de circulação internacional, tendo recebido mais de 1700 citações (índice H=23 no Google Scholar e 18 na Web of Science).

Em termos de pesquisa, Giudici atua nas áreas de modelagem matemática, simulação e otimização de processos químicos, engenharia de reações químicas, engenharia de reações de polimerização, monitoramento em linha de processos. Coordenou projetos de pesquisa financiados tanto por agências, como CNPq, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Fapesp, incluindo projeto temático, bem como financiados por empresas como Rhodia, Raisio/Ciba, Synthomer/PolymerLatex GMb, entre outras.

Teve participação efetiva como pesquisador principal em vários projetos temáticos e em um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), coordenado por outros colegas do mesmo grupo de pesquisa. No momento, além de coordenar um projeto temático da Fapesp, também executa esse papel em um dos quatro programas de pesquisa do RCGI – Research Centre for Gas Innovation.

Também tem larga experiência na área de gestão. Foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da Poli por seis anos (1998-2000, 2004-2008), e chefe do Departamento de Engenharia Química por 10 anos (2000-2004, 2008-2012, 2017-2018). Atuou como representante do PQI junto a Comissão de Graduação (CG) e participou da Comissão da Diretoria que estudou e propôs a reforma curricular EC2 da Poli.

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