FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Alunos da Poli-USP conquistam primeiro lugar em competição de ciência de dados

 

Em Hackathon promovida pela empresa de tecnologia BigData, alunos da Escola Politécnica da USP e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foram desafiados a  resolverem problemas por meio da Ciências de Dados

Alunos de Engenharia Mecatrônica da Escola Politécnica (Poli) da USP venceram uma competição online promovida pela empresa BigData, que propôs um desafio entre equipes da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal de Minas Gerais.

O Hackathon, que aconteceu entre os dia 9 e 15 de novembro de 2020, colocou os estudantes Eduardo Carvalho, Felipe Azank dos Santos, Felipe Machado e Ariel Lima Dallari Guerreiro em uma competição com os alunos da UFMG para solucionarem problemas e apresentarem uma análise de faturamento para a BigData. Ao longo de uma semana, eles tiveram que  utilizar os dados oferecidos pela organização para realizar previsões sobre os negócios de uma rede de franquias.

Os estudantes utilizaram conhecimentos do curso e de atividades extracurriculares, como o que praticam no Grupo Turing, um grupo de estudos sobre inteligência artificial que envolve alunos de diversos cursos da USP. Também participaram da competição e conquistaram o segundo lugar os alunos da USP Camila Eduarda Vilela Lobianco, Guilherme Fernandes Gonçalves Silva, Luís Henrique de Almeida Fernandes, Paulo Otávio Marzochio Sestini, Vinicius Cleves de Oliveira Carmo. Eles também integram o Grupo Turing.

O aluno Felipe Machado contou sobre os desafios iniciais que os levaram ao resultado da vitória no dia 30 de novembro de 2020: “Analisamos primeiro o tipo de dados que tínhamos e, por apresentar informações sensíveis, eles não falaram o que eram alguns dados. Então exploramos os valores dos dados para que conseguíssemos trabalhar, e como eram cinco dias para fazer o desafio, nós passamos essa semana só estudando os dados, se preparando e montando. Depois de montado, começamos a usar  a parte propriamente dita da Inteligência Artificial. Devido ao sigilo dos dados referentes à localização da rede de franquias, quantidade de funcionários e tamanho da loja, os estudantes  tiveram que utilizar informações sobre faturamentos anteriores para prever o faturamento de cada franquia e um possível rendimento de uma nova franquia da companhia.

Ao longo das análises para cada pergunta proposta no desafio, os alunos fizeram um estudo minucioso da relação entre os dados, Ariel Guerreiro conta que eles foram aprimorando os dados e depois passaram para fase de observação, mesmo que não soubessem o que significava cada um, mas viam relações entre as informações dadas. ”Uma variável, por exemplo, percebemos que tinha uma relação muito grande com faturamento. Começamos a ter uma sensibilidade de onde encaixar cada dado e saber o que possivelmente significaria”.

Perguntados sobre quais conhecimentos básicos eles precisam para participar de uma competição sobre Data Science, Eduardo Carvalho enfatiza que é essencial ter noções sobre a área de exatas e computação. Além disso ele conta sobre a importância de estar por dentro dos conceitos e novidades relacionados a Inteligência Artificial, seja por meio de cursos ou grupos de estudos: “O tema está tão em alta, atualmente, que quase todo mundo que está na área de exatas costuma ir um pouco atrás para entender sobre o assunto”.

A competição permitiu que os integrantes da equipe aplicassem os conhecimentos adquiridos tanto na graduação quanto no Grupo Turing. Veja o que eles contaram sobre a experiência neste Hackathon:

Ariel Lima Dallari Guerreiro: Eu desenvolvi habilidades em Ciência de Dados, também dentro do Grupo Turing, de pegar análise de dados, mexer com modelos de previsão, classificação e tudo em geral que envolve a Ciência de Dados. Mas nunca tive experiência prática ou participado de competições voltadas para Ciência de Dados, e nem tinha pegado um dataset tão real e trabalhado em cima. Então, foi uma experiência muito legal participar de uma competição como essa, de desenvolver um pouco a habilidade de  entregar em um espaço curto esse tipo de coisa. Gostei muito de fazer esse trabalho em grupo e acredito que levarei esses conhecimentos, tanto a parte técnica como a de trabalhar, para vida profissional.

Eduardo Carvalho: A competição foi muito legal porque permitiu a formação de um grupo da mecatrônica,dentro do Turing, para poder participar e nos permitiu trabalhar em conjunto para construção de um objetivo em comum. Esse foi o primeiro Hackathon que eu ganhei e , além disso, aprendi muito com os meninos. Cada um deles fazia coisas diferentes no Grupo.

Felipe Azank dos Santos:  A experiência desse Hackathon, da BigData, foi muito legal porque juntamos os dois mundos, como o Eduardo disse, do Turing e da Mecatrônica. Foi muito legal porque mostramos tudo que estudamos dentro do Grupo Turing e o resultado foi a prova disso. Foi tão legal que eu acabei entrando na empresa organizadora do Hackathon, a BigData.

Felipe Machado: Eu participei de muitos Hackathons, acho que sou o mais velho do grupo. primeiro que participei foi em 2018, não ganhei, e fui participando de outras competições assim. Para mim Hackathon, ganhando ou perdendo, o importante é aprender. Essa experiência da competição é muito legal, porque além de nos unir, nos deu a oportunidade de fazer um projeto grande e ganhamos.

O objetivo em comum que moveu os quatro alunos se concretizou com o anúncio da vitória do time politécnico, pelas redes sociais, no dia  30 de novembro de 2020. Os dez mil reais vieram para ser investidos dentro do Departamento de Engenharia Mecatrônica,  que optou por adquirir o seu primeiro Scanner 3D portátil.

De suas próprias casas e utilizando seus equipamentos pessoais, os mesmos por meio dos quais eles estudam e se conectam com seus amigos e com a faculdade, eles puderam participar da competição e conquistar a vitória. Sobre o que mudaria a experiência caso eles tivessem acesso a plataformas mais robustas de tecnologia, como grandes servidores com maior processamento, Felipe Azank dos Santos finaliza: “Quanto mais poder computacional a gente tem,  mais coisas legais conseguimos fazer”.

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