FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Escritório USP Mulheres apresenta dados sobre a presença feminina na instituição e engaja a administração central em políticas para a equidade de gênero
Por Luana Siqueira

Na graduação da USP, as mulheres são metade do corpo

 discente nas ciências humanas, mas ainda são apenas  ¼  nas ciências exatas. Na pós-graduação, por sua vez, há maioria feminina: 51% das vagas de mestrado e doutorado são preenchidas por mulheres. Porém, mesmo com o avanço feminino na pesquisa, apenas 37% do corpo docente da USP é composto por mulheres. Em 10 anos, as mulheres nunca ultrapassaram 40% do total de professores da USP e, na ascensão na carreira, só 30,6% das professoras mulheres chegaram ao topo, tornando-se titulares. Entre os que ocupam cargos de liderança na Universidade, 73% são homens contra apenas 27% de presença feminina. Essa é uma breve amostra dos dados que o Escritório USP Mulheres organizou para disponibilizar ao público e subsidiar os debates neste mês, no bojo da comemoração do Dia Internacional das Mulheres.

No dia 8 de março, a programação começa com a mesa on-line O caminho para a equidade de gênero: compromisso de ação da USP, que contará com a presença do Reitor da USP, professor Carlos Gilberto Carlotti Junior; da Vice-Reitora, professora Maria Arminda do Nascimento Arruda; da Coordenadora do Escritório USP Mulheres, professora Adriana Alves; bem como das novas gestoras e dos novos gestores da Administração Central da USP que assumiram os postos neste ano. Na ocasião, a nova gestão da USP será convidada a se engajar em um plano de equidade de gênero em suas áreas, visando a promoção de maior acesso, permanência e progressão de mulheres na USP, tanto em termos acadêmicos quanto administrativos.

Para tanto, o pesquisador Rodrigo Correia do Amaral, da equipe do Escritório USP Mulheres, apresentará os dados da USP com recorte de gênero que foram levantados e sistematizados, muitos deles inéditos. A iniciativa integra o Observatório USP Mulheres, uma página gerida pelo Escritório para publicar dados e informações relativos às questões de gênero, com vistas a subsidiar debates, estudos e o planejamento de novas políticas.

No mesmo dia, às 11h, haverá a conferência Pronouns: she/her, proferida por Iyiola Solanke, professora e pró-reitora para Igualdade, Diversidade e Inclusão da Universidade de Leeds, no Reino Unido. Ela é especialista em discriminação e governança em instituições europeias, incluindo o Tribunal de Justiça Europeu. A transmissão contará com tradução simultânea e estará aberta para perguntas e considerações do público, no canal USP Mulheres no Youtube.

No dia 9 de março, às 10h, haverá a mesa-redonda on-line Observatório USP Mulheres: uma análise dos dados da USP com recorte de gênero, com mediação da professora Fátima Nunes, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) e nova gestora do Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico (Egida); e participação das professoras Fabiana Cristina Severi, da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP); Márcia Thereza Couto, da Faculdade de Medicina (FM); e Kalinka Castelo Branco, do  Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC). A transmissão será também no canal USP Mulheres no Youtube.

CALOURADA

Na semana de recepção às calouras e aos calouros da USP, o Escritório USP Mulheres recebe as novas estudantes para um bate-papo on-line, no dia 15 de março, das 16h às 18h. A equipe do Escritório apresentará as ferramentas disponíveis na USP para a garantia dos direitos das mulheres. O evento será via Google Meet, com inscrições prévias no link.

EVENTO EM PARCERIA

No dia 17 de março, das 18h às 19h, acontece o evento Women in STEM, uma sessão especial na Conferência anual da University Global Partnership Network (UGPN). As inscrições são abertas para membros das universidades da rede UGPN no link.

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