FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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20/09/2023 – Com informações do Jornal da USP – Para um estudante negro da USP, a família e os coletivos estudantis são duas importantes fontes de apoio emocional para navegar em um ambiente acadêmico hostil. Esse achado é fruto de um projeto de pesquisa sediado no Instituto de Psicologia (IP) da USP, que está investigando quais são as dimensões que influenciam o bem-estar subjetivo e os níveis de satisfação dos estudantes negros dentro da experiência universitária, tanto em termos de sucesso acadêmico quanto de integração na comunidade.

Para conhecer melhor a experiência universitária dos estudantes, o Grupo de Pesquisa Psicologia e Relações Étnico-Raciais do IP está convidando todo o corpo discente da USP a responder a

 um questionário que procura medir os níveis de bem-estar subjetivo. Embora o foco da pesquisa seja o bem-estar de estudantes negros, todos podem responder ao questionário, independentemente da identidade étnico-racial. Esta é a segunda vez que o questionário é aplicado e a intenção é que os dados coletados ajudem a aprimorar os serviços de assistência psicossocial da USP.

O questionário, que faz parte do projeto Limites e possibilidades para o bem-viver de estudantes negros em instituições de ensino superior: o caso da Universidade de São Paulo, capta três dimensões relacionadas às escalas de bem-estar subjetivo: afeto negativo, afeto positivo e índice de satisfação com a vida. Os dados da primeira onda da pesquisa quantitativa foram coletados durante a emergência sanitária causada pela pandemia de covid-19, o que acabou por influenciar a avaliação dos próprios estudantes sobre seu bem-estar.

“Os índices de bem-estar de estudantes da USP são significativamente baixos. A gente pode considerar isso como um impacto da própria pandemia, porque o principal fator e que apresenta maior influência é de afeto negativo, que tem a ver com como eu tenho me sentido ultimamente. (Afetos) positivos e negativos se referem mais a sentimentos recentes, transitórios. Satisfação com a vida é um índice mais longitudinal, de avaliação da vida como um todo”, explica o pesquisador Vinicius Melo, pós-doutorando e professor colaborador do IP.

 

 

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