Os projetos de pesquisa desenvolvidos por Mierzwa na Escola Politécnica relacionam-se diretamente com as disciplinas lecionadas na graduação e pós-graduação. 

O professor coordena dois projetos de pesquisa relacionados ao tratamento de água com tecnologias de membrana e de abastecimento de água em regiões metropolitanas. Um deles é fruto de uma parceria entre docentes da USP, a FAPESP e a SABESP.

“Atualmente, estamos desenvolvendo um esforço para a nacionalização do processo de produção de membranas para a aplicação em tratamento de água e efluentes, inclusive com uma parceria com a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo”, relata o professor. 

Mierzwa ainda afirma que sua participação ativa em projetos de pesquisa e extensão tem o intuito de “garantir que o conhecimento desenvolvido na Universidade seja transferido para a sociedade”.

Durante seus anos na USP, o professor pontua que é essencial que o ensino em engenharia seja amplamente valorizado, uma vez que é por meio dele que obtém-se avanços tecnológicos capazes de promover o desenvolvimento social e econômico do País.

Em suas aulas, busca aprimorar o ensino em engenharia visando a formação de profissionais que sejam capazes de avaliar criticamente as informações que estão disponibilizadas pelos diversos meios de comunicação.“Tento sempre correlacionar os temas apresentados em aula com exemplos práticos e também fazer com que os alunos reflitam sobre esses temas”, pontua o professor.

A trajetória acadêmica de José Mierzwa começou quando fez seu mestrado no Instituto Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), que se encerrou em 1996. Foi no IPEN que o professor teve seus primeiros contatos com a pesquisa laboratorial de temas complexos.

Sua atuação na área ambiental ocorreu em seus anos no Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo, onde desenvolveu projetos de sistemas de gerenciamento de rejeitos radioativos. 

Durante este período, Mierzwa mergulhou no academicismo e, incentivado por seu orientador Ivanildo Hespanhol, docente da Poli, teve seu primeiro contato com a Escola Politécnica, onde adentrou permanentemente o mundo acadêmico. Hoje, Mierzwa está comprometido com a construção de uma “Universidade do Amanhã” que tenha maior protagonismo na proposição de políticas públicas para o País. 

“Temos que mostrar que as desigualdades observadas só podem ser corrigidas por meio da educação, inovação tecnológica e desenvolvimento econômico”, aponta o professor.