A Semana de Recepção voltada aos ingressantes na Escola Politécnica da USP de 2018 foi determinante na trajetória do estudante Vinicius Azevedo dos Santos, futuro engenheiro eletricista. Em uma palestra com professores da Comissão de Relações Internacionais da Escola, o então calouro do curso de Engenharia Elétrica escutou, pela primeira vez, sobre o programa de Duplo Diploma da Poli.
Desde aquele dia, ele soube que “queria fazer isso!”. Logo no primeiro semestre da faculdade, o estudante tratou de começar a estudar a língua do país que escolheria como destino final: o alemão.
A identificação de Vinicius com o país de destino foi instantânea. “Desde que eu escutei falar da RWTH Aachen eu sabia que queria ir para lá. E o desenvolvimento tecnológico Alemão, principalmente na área de elétrica e energia, é muito forte”, conta o estudante.
Aprender o idioma foi o seu grande primeiro passo para realizar o desejo de estudar fora. Os passos seguintes incluíram uma imersão não só na cultura Alemã, mas também no contato com estudantes estrangeiros da Poli através de sua experiência enquanto integrante da IPoli. Com intuito de promover a internacionalização, o grupo de estudantes se propõe a promover uma rica troca cultural e acadêmica no ambiente politécnico, se empenhando também em organizar atividades como o tradicional Dia do Bem-vindo, evento semestral para integrar estudantes que chegam de outros países na Escola.
“A gente costumava dizer que [a IPoli] é a primeira oportunidade de se internacionalizar. Lá, é possível ter contato com latino americanos, europeus, asiáticos, que vêm para a Poli fazer intercâmbio, e conversar em várias línguas. Além disso, eu participei de eventos de cultura e tecnologia alemã em São Paulo, tentei me manter dentro desse ciclo”.
Após um longo período de preparação, no segundo semestre de 2021, Vinicius embarcava para a cidade alemã de Aachen, que abriga a prestigiada RWTH Aachen University, onde estudou por dois anos e meio. O aluno relembra com afeição a acolhida na universidade em um momento que o mundo ainda caminhava de volta à normalidade: “A experiência foi muito prazerosa. A minha turma foi a primeira que teve uma semana de recepção depois da pandemia. Eu também pude participar de muitos eventos e feiras, o que facilitou com que eu fizesse amizades”.
Outro fator que Vinicius destaca no processo de adaptação é que as aulas eram ministradas em inglês, fator que pode contribuir com a adaptação dos alunos. Algumas faculdades, como a RWTH Aachen, ofertam os cursos nas duas línguas (nativa e inglês) e o estudante tem oportunidade de escolher em qual estudar durante o intercâmbio.
Do intercâmbio para a vida
“Foi uma experiência muito enriquecedora como futuro engenheiro e profissional. Eu aprendi mais sobre mim mesmo e sobre pessoas de diferentes culturas e nacionalidades”.
“Muito além do conhecimento técnico, tive uma vivência cultural e pessoal muito grande. Foi uma experiência muito enriquecedora como futuro engenheiro e profissional. Eu aprendi mais sobre mim mesmo e sobre pessoas de diferentes culturas e nacionalidades”, diz ele.
Vinicius ainda incentiva os estudantes que sonham em fazer intercâmbio. “Eu acho que intercâmbio é para todos, é importante dizer isso, são centenas de vagas. Infelizmente, ainda tem um viés financeiro muito forte, mas existe a possibilidade de aplicar para bolsas. A França, por exemplo, é um desses países que oferecem bolsas; a Aucani também; e existem formas de se manter lá, eu fiz estágio e consegui me manter durante um ano”.
Em entrevista, ele agradece e ressalta que o apoio da Escola, de seus professores, da Comissão de Relações Internacionais e da Aucani foram fundamentais no período pré-intercâmbio, o motivando ainda mais.
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