FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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AUCANI – Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional. Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Dupla titulação de doutorado poderá ser obtida com universidades europeias líderes em ciência e tecnologia

Um acordo firmado entre a Universidade de São Paulo e a Rede Cluster, um consórcio de universidades europeias, em março deste ano, permitirá que os doutorandos da USP possam realizar parte da sua pesquisa e formação em instituições reconhecidas internacionalmente. O convênio de dupla titulação de doutorado foi firmado com dez das instituições que compõem a rede, e estabelece parâmetros de documentação e trâmites para que os futuros doutores realizem sua pesquisa no exterior, recebendo, ao final do programa, diplomas das duas instituições. “A vantagem do acordo que firmamos é criar um mecanismo por meio do qual a implementação dos duplo-doutorados fica mais fácil. Com o convênio, esperamos estimular e facilitar este tipo de processo, pela agilidade que ele proporciona”, explica o professor da Escola Politécnica da USP, professor Marcio Lobo, um dos coordenadores do convênio e diretor adjunto de internacionalização na USP.

O diferencial deste programa é que não se trata apenas de um convênio de dupla-titulação de doutorado, mas sim uma proposta de integração entre as universidades da rede, e dá suporte para que isso aconteça em termos de documentação. O convênio é baseado num texto que estabelece as regras de como as coisas acontecem. Neste caso, há um modelo genérico para acomodar qualquer possibilidade entre quaisquer duas escolas da rede. Por exemplo, se um aluno da Poli for fazer parte do seu doutorado na Universidade de Torino, serão verificadas as exigências de cada uma das instituições, e o texto é ajustado para isso, pois toda a rede já está de acordo com as condições gerais do convênio.

A dupla titulação significa que o doutor terá dois diplomas, e isso só é possível com um convênio institucional. Marcio Lobo Netto ressalta que a inserção internacional dos doutores é muito importante para uma universidade de pesquisa como a USP, uma vez que essas parcerias enriquecem a qualidade dos trabalhos que são produzidos e, para o aluno, pois o ajuda a fazer parte de sua pesquisa no exterior, em universidades de renome. “Para onde quer que vá, o pesquisador irá para uma universidade de ótima qualidade. Para as instituições, a internacionalização aumenta a qualidade do que é produzido em termos de conhecimento”.

O docente, que atua com projetos de internacionalização na Poli há quase 20 anos, explica que além do estudo, a vivência de um intercâmbio amplia os horizontes dos alunos e traz outras perspectivas, abre os horizontes, permitindo que os problemas possam ser entendidos e tratados sob novos enfoques. “Isso amplia sua capacidade de entender o mundo e a sua pesquisa”, destaca. “A qualidade do que fazemos é aumentada quando há a troca profissionais competentes entre as instituições. Neste processo de ida e vinda, todos têm a chance de terem uma melhor formação”.

O docente relata que, com a colaboração entre pesquisadores de escolas de destaque no exterior, o impacto das pesquisas pode chegar a ser dez vezes maior do que uma pesquisa produzida individualmente. “A colaboração contribui muito para a valorização, o reconhecimento e a qualidade da pesquisa desenvolvida. Por isso a internacionalização é tão importante, e a USP é tão empenhada neste sentido”.

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