- Lara Cáfaro
- 19/11/2024

Uma parceria entre as pesquisadoras da Escola Politécnica (Poli), professora Roseli de Deus Lopes e a doutoranda Hadassa Onisaki, e o professor Leonardo Barichello, do Instituto de Matemática e Estatística (IME), ambos da USP, resultou no curso “Abordagem STEAM e Cultura Maker para alunos de Licenciatura”, oferecido para estudantes de diversos cursos da Universidade que contam com essa formação de professores.
A iniciativa foi realizada no STEAM LAB, localizado no Centro de Inovação da USP – INOVA USP, um espaço coordenado pela professora Roseli, dedicado a fomentar práticas inovadoras em educação.
O curso foi voltado para alunos de licenciatura de diversas áreas, com o objetivo de engajá-los na aplicação da abordagem STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) e da Cultura Maker, baseada no princípio do “faça você mesmo”. A proposta visou demonstrar como essas metodologias podem enriquecer as práticas de ensino, tornando-as mais interdisciplinares, criativas e colaborativas, além de conectá-las a problemas reais da sociedade.
Durante as oficinas, os participantes exploraram conceitos básicos de tecnologias educacionais, como a introdução à Plataforma Arduino, noções de impressão 3D, o funcionamento de Laboratórios Maker e ambientes STEAM. Os estudantes também tiveram a oportunidade de experimentar a Placa Labrador, desenvolvida pelo Grupo Caninos Loucos da USP, ampliando seu repertório de recursos tecnológicos aplicáveis em sala de aula.
“Nunca tinha tido contato com Arduino, então essas oficinas foram uma oportunidade incrível para colocar a mão na massa. Gostei muito!”, contou Júlia, aluna de licenciatura em Física.
Além da capacitação técnica, os participantes trabalharam em equipes para desenvolver soluções físicas para problemas reais, fortalecendo habilidades práticas e reflexivas que poderão ser aplicadas em suas futuras aulas. Não foi exigido conhecimento prévio específico para participar.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece as normas para o ensino da computação na Educação Básica. O documento ficou conhecido como BNCC Computação. A BNCC da Computação foi criada não apenas para dar conta dos desafios que a tecnologia impõe agora, mas do que ela pode trazer no futuro.
“A oficina é muito importante, pois atrai estudantes de licenciatura e explora como trabalhar com ambientes maker e eletrônica de forma criativa. Precisamos incorporar a computação estrategicamente no ensino, porque os futuros professores desempenham um papel crucial em inspirar jovens e crianças a se interessarem pelo universo da ciência e da engenharia”, destacou a professora Roseli.