FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

Competição é organizada pela Sociedade Internacional de Engenharia de Petróleo (SPE).

Grupo se prepara para disputar a etapa internacional nos EUA.

Um grupo de alunos do curso de Engenharia de Petróleo da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) venceu a etapa brasileira do PetroBowl, uma competição organizada pela Sociedade Internacional de Engenharia de Petróleo (SPE) que envolve alunos de cursos de Engenharia de Petróleo do País inteiro. Com a vitória, os alunos receberam prêmio em dinheiro que será usado para a viagem da etapa internacional da competição, a ser disputada em setembro e outubro de 2013, em Nova Orleans, nos Estados Unidos, durante a SPE Annual Technical Conference and Exhibition (ATCE 2013).

Os vencedores do torneio foram os alunos Rafael Oliveira dos Santos, do quinto ano, Lívia Cristina Fabrício, Alan Junji Yamaguchi e João Manoel de Aro Braz, todos do quarto ano, e Matheus Coelho Brusius, do terceiro ano. A competição testou seus conhecimentos técnicos, históricos e econômicos na área de petróleo. Esta foi a quinta edição do PetroBowl no Brasil. As quatro edições anteriores foram vencidas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Desafios – Entre a formação do capítulo (na SPE, cada grupo representa uma instituição) e a realização do torneio, os alunos da Poli tiveram apenas dois meses para se preparar. Rafael, por estar se formando, foi escolhido o capitão do time e teve de revisar todas as matérias para ajudar os colegas que estavam nos anos anteriores do curso. João estudou mecânica de rochas e história da indústria do petróleo. Alan ficou com a parte de geologia do petróleo e equipamentos para perfuração. Já Lívia estudou os termos comuns da indústria, e parte do conteúdo de geologia do petróleo.

Na competição, tiveram que enfrentar veteranos e responder as perguntas em inglês. Na fase classificatória, as equipes tinham cinco segundos para erguer a placa com a alternativa correta para a pergunta formulada. Nas quartas de finais, a competição se transformou em duelo: a oradora lia perguntas diretas e os alunos podiam tocar a campainha para responder antes de ser completada a leitura da questão ou até cinco segundos após o final da leitura. Nessa etapa, a PUC-RJ venceu o duelo e desclassificou a Poli, mas os alunos verificaram que a resposta dada pela equipe concorrente – e que também constava do gabarito dos organizadores – estava errada. Com isso, houve nova rodada do duelo, de três minutos, e a Poli virou o jogo, indo para a semi-final com a UFRJ.

A final foi disputada contra a UFF. A Poli começou perdendo. A UFF teve direito a uma pergunta bônus que, por coincidência, havia sido formulada pelo grupo da Poli – a organização pede que os alunos participantes enviem sugestões de perguntas a serem usadas na competição, para ampliar seu banco de questões. A resposta dada pela UFF não foi totalmente correta, na visão dos juízes, mas os alunos da Poli, que elaboraram a questão, discordaram, considerando válida a resposta do concorrente para sua pergunta. Os juízes mantiveram a decisão e não contabilizaram os pontos para a UFF. A Poli conseguiu acertar mais perguntas na segunda fase da final e saiu campeã. Além da vitória, o comportamento do grupo e a iniciativa do capitão do time da Poli em falar com os juízes a favor do concorrente renderam ao aluno o título de melhor competidor desta edição do PetroBowl.

Comemoração – A vitória foi muito comemorada pelos alunos e pelos professores da Poli. “Eles participaram só para conhecer, não esperávamos esse resultado. E agora podemos fazer ainda melhor, já que teremos o curso de Engenharia de Petróleo no novo campus de Santos com número de vagas ampliado para 50”, afirma o professor Ricardo Cabral de Azevedo, do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Poli. “Vencer um torneio como o PetroBowl projeta nosso curso para o mercado, abrindo caminho para as empresas virem aqui recrutar nossos alunos, nos procurar para convênios de pesquisa”, acrescenta.

Segundo Azevedo, do ponto de vista didático-pedagógico, a participação de alunos em torneios como o Petrobowl incentiva os alunos a estudarem mais. “Além disso, eles têm contato com pessoas de várias universidades, com quem já trabalha na área, pois os juízes e organizadores são de empresas do setor.”

Para o capitão da equipe, a competição no exterior será difícil porque a maioria dos grupos é formada por alunos de mestrado. Mas isso não assusta os alunos da Poli. “A ideia é participar do PetroBowl Latin America em maio do ano que vem, além de disputar o torneio mundial na Conferência ATCE nos Estados Unidos”, conta. “Infelizmente não participarei das disputas no ano que vem, pois estarei formado, mas com certeza foi uma experiência positiva para todos e fará diferença no currículo, além de ser um diferencial para o nosso curso”, finaliza.

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