FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

O programa de Iniciação Científica da USP é considerado um dos mais importantes no nível da graduação. Não apenas por preparar possíveis futuros cientistas, mas também por formar profissionais com visão de liderança. “Ao estimular o aluno a identificar um problema, aplicar um método científico para resolvê-lo e analisá-lo para transmitir seus resultados à sociedade, estamos ajudando a formar lideranças, pois este aprendizado é fundamental para qualquer área do conhecimento”, afirmou o pró-reitor de Pesquisa da USP, o prof. Marco Antonio Zago, na abertura do 20° Simpósio Internacional de Iniciação Científica da Universidade de São Paulo – SIICUSP – área Ciências Exatas e Engenharia, que começou ontem (23/10) nas dependências da Escola Politécnica.

Para Zago, a USP tem obrigação de criar e transferir conhecimento; de formar profissionais competentes e com visão de liderança. “É lamentável que a maior parte da nossa juventude, por falta de uma educação de qualidade, não tenha acesso a esse momento de desenvolvimento econômico”, ressaltou. O Brasil, lembrou ele, não está sendo capaz de formar mão-de-obra qualificada em número suficiente para levar o País a um patamar mais elevado de desenvolvimento, que não seja o de grande exportador de commodities. “A USP, como principal universidade da América Latina, tem obrigação de formar bons profissionais, mas também de alertar para esses problemas.”

Segundo a profª Maria Inês da Rocha Santoro, coordenadora do Programa de Iniciação Científica da USP, hoje a Universidade tem 57.902 alunos matriculados na graduação, sendo que 2.877 recebem bolsas de iniciação científica. As bolsas são concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico (CNPq), pelo Banco Santander e pela própria USP. “O número de alunos beneficiados representa 5%, mas pode alcançar 10%, se somarmos aqueles que fazem iniciação científica com bolsas de outras instituições ou mesmo sem apoio financeiro”, afirmou.

Os dez por cento que fazem iniciação científica veem nessa experiência um divisor de águas. O vice-diretor em exercício da Escola Politécnica, o prof. José Roberto Castilho Piqueira, foi um exemplo. “Em 1970, quando cursava a Escola de Engenharia de São Carlos, tive a honra de ser aluno no professor Sérgio Mascarenhas e mais tarde ser bolsista de iniciação científica no Instituto de Física; foram duas experiências marcantes, que transformaram minha vida e me impulsionaram para a pesquisa”, afirmou.

“Cada vez mais a engenharia se aproxima da ciência básica; não dá para fazer inovação sem se aproximar da ciência básica”, acrescentou Piqueira. O mesmo acredita o presidente da Comissão de Pesquisa da Escola Politécnica, Antonio Mauro Saraiva. “A iniciação científica abre caminho para a inovação e para o empreendedorismo”, disse.

Essa visão é compartilhada pelo físico Sérgio Mascarenhas que foi convidado para proferir a palestra de abertura do evento da área de Exatas e Engenharias. “O século XXI tem um novo paradigma, que é a economia do conhecimento”, frisou. “Nessa era, a união do humanismo com a ciência é fundamental para a inovação”, disse. Em sua opinião, a interdisciplinaridade, que possibilita a combinação de diversas fontes de conhecimento, é a base para a inovação.

Sobre o evento – Durante o 20º SIICUSP – Ciências Exatas e Engenharias, serão apresentados 906 trabalhos de iniciação científica de um total de 3.660 trabalhos das diversas áreas do conhecimento. Confira os eventos das demais áreas: Humanas, de 22 a 24 de outubro na FEA; Biológicas, de 24 e 25 de outubro, no Centro de Convenções de Ribeirão Preto; e Agrárias, de 25 e 26 de outubro, na FMVZ, em Pirassununga.

 

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