Programa conta com diversas ferramentas que irão facilitar a catalogação de informações obtidas pelos pesquisadores
Bruna Rodrigues, da Assessoria de Imprensa da Poli
Plataforma lançada pelo BioComp (Núcleo de Pesquisa em Biodiversidade e Computação), em conjunto com o Laboratório de Automação Agrícola (LAA) do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais (PCS) da Poli/USP, propõe uma nova forma de digitalização, manipulação e publicação de informações sobre biodiversidade. Seu objetivo é construir bancos de dados mais completos e organizados de laboratórios e instituições, com a possibilidade de interação entre eles.
A Biodiversity Data Digitizer (BDD), o programa em questão, está disponível na web a partir do endereço http://www.biocomp.org.br/bdd.Ela permite ao usuário manipular seus dados de forma simples e objetiva, em especial aqueles sobre observações de campo e pequenas coleções, que não justificam ou exigem o uso de um software próprio. Segundo Antonio Saraiva, professor do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais (PCS) da Poli/USP e coordenador do BioComp, “a ideia é que essa ferramenta possa ser utilizada por muita gente. Também vai ao encontro do objetivo do BioComp, que é o de ser um ambiente de colaboração, de modo a facilitar o encontro de pessoas das várias áreas ligadas à Biodiversidade”.
Com o propósito de melhorar e manter a qualidade dos dados armazenados, a BDD auxilia os usuários por meio de sugestões dos nomes científicos que já estão nos bancos oficiais, como os obtidos a partir do Catálogo da Vida (Catalog of Life) para nomes taxonômicos. Quando o usuário preenche o formulário com um nome científico, e este está na lista de referência ou já foi registrado, todos os outros campos ligados a ele, como o reino, o filo e a classe, por exemplo, são preenchidos automaticamente, de modo a melhorar e complementar o registro de dados e, com isso diminuir a chance de erros.
A plataforma conta com a possibilidade de inserção de outras mídias, como fotografias, áudios, vídeos e textos. Ela funciona a partir de módulos, e o primeiro engloba as “ocorrências de espécimes, que foi como começou a BDD. “Uma observação de um organismo na natureza pode ser considerada uma ocorrência e, por isso, cadastrada aqui, junto com a sua localização, táxon e quando foi observada. Há a possibilidade também de cadastrar o próprio espécime coletado, no caso de coleções. O segundo módulo possível é o de interação. Ou seja, eu consigo comunicar ao sistema as relações entre espécimes. Como, por exemplo, uma abelha polinizando uma planta”, explica Allan Koch Veiga, autor da dissertação de mestrado relacionada à BDD.
Outra função dessa plataforma é a importação ou exportação de planilhas, facilitando o trabalho do pesquisador que já possui seus dados catalogados nesse meio. Além disso, esse programa tem o objetivo de promover a interação entre pesquisas e acervos, a concentração de dados sobre biodiversidade e uma possível abertura de todo esse material tanto para a comunidade científica, como também para o público em geral.
Para conhecer os outros projetos do BioComp, acesse a sua homepage: http://www.biocomp.org.br/. Já para saber mais sobre o Laboratório de Automação Agrícola, entre em seu site http://www.laa.pcs.usp.br.
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Jornalismo – Escola Politécnica da USP
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