FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

Como qualquer outra atividade que exige dedicação e habilidade, o processo de programar e realizar codificação de software também possui um cenário competitivo, em que equipes de programadores do Brasil e do mundo reúnem-se para resolver desafios o mais rápido possível e colocarem-se entre os melhores.    

Trata-se da Maratona de Programação, constituída por uma etapa nacional e uma internacional, considerada a Olimpíada das competições de programação. Em ambas as fases, equipes de criadores de software são colocadas à prova ao serem apresentadas com desafios específicos da área, que requerem pensamento lógico e conhecimentos de computação para resolver. Aqueles que resolverem mais desafios em menos tempo são os vencedores.

A fase nacional, administrada pela Sociedade Brasileira de Computação, terá sua 19ª edição começando no dia 13 de Setembro desse ano, com as finais nos dias 7 e 8 de Novembro. Para participar, as escolas da área de Computação e Sistemas de Informação convocam alunos interessados para formar equipes, compostas por um “coach” (que geralmente é um professor) e mais três membros, além de um reserva. A primeira etapa da fase brasileira ocorre simultaneamente em vários locais pelo país, e os times com os melhores resultados vão para as finais nacionais. Já aqueles que se sobressaírem nessa etapa vão para a fase internacional do próximo ano.

A final internacional, a ACM International Collegiate Programming Contest, é o maior evento desse tipo do mundo e conta com participantes de todos os continentes habitados – esse ano, os vencedores foram da Universidade Estadual de São Petersburgo, na Rússia, e a Universidade de São Paulo recebeu uma menção honrosa por seu desempenho.

Um participante da Maratona, Ricardo Hahn Pereira, que competiu pela última vez na temporada 2010/2011, deu algumas dicas do que é importante para se dar bem em um desafio como esse: “a agilidade para encontrar e programar solução para tarefas algorítmicas conta muito. Pessoas com interesse em matemática, teoria da computação e puzzles tendem a se dar bem na maratona. Além disso, por se tratar de uma competição em equipe, conhecer bem a equipe, pontos fortes e fracos, ajuda a obter um bom desempenho,” disse. De acordo com ele, o maior desafio, fora realizar as tarefas em si, é fazê-lo no pouquíssimo tempo disponível, tendo acesso a apenas um computador.

Mas no fim, tudo acaba valendo a pena. Além de ser uma competição que estimula o trabalho em equipe, os times que são capazes de obter sucesso na Maratona chamam a atenção de grandes empresas de software. Ricardo cita exemplos: “Acho muito importante a continuidade de participação da Poli nestas competições, inclusive a fim de criar uma cultura mais forte com este tipo de atividade, pois elas expandem em muito o horizonte dos alunos e fornecem experiências únicas. Dos integrantes das equipes da Poli (e da USP, em geral) classificadas para a finais mundiais, a maioria recebeu ofertas de emprego/estágio no Google ou no Facebook.”

Mais informações sobre a Maratona e como participar podem ser encontradas no site da etapa nacional (http://maratona.ime.usp.br/) assim como no das finais internacionais (http://icpc.baylor.edu/).

Com informações da Jornalismo Júnior, por Daniel Quandt

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