FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Delegação do Departamento de Pesquisa Naval dos EUA visita Poli

Grupo conheceu o Tanque de Provas Numéricos, o Centro de Engenharia de Conforto e o Laboratório de Biomecatrônica.

Uma delegação do Departamento de Pesquisa Naval dos Estados Unidos visitou a Escola Politécnica da USP nesta sexta-feira (24/07). O grupo, liderado pelo contra-almirante Mathias Winter, Chefe da Pesquisa Naval dos Estados Unidos da América, recebeu as boas vindas do diretor da Poli, professor doutor José Roberto Castilho Piqueira, ouviu uma apresentação geral sobre a Escola e suas atividades de pesquisa, feita pelo professor doutor Antonio Mauro Saraiva, presidente da Comissão de Pesquisa da Poli, e visitaram o Tanque de Provas Numérico (TPN), o Centro de Engenharia de Conforto (CEC) e o Laboratório de Biomecatrônica.

“A Poli já desenvolve projetos em cooperação com o Departamento de Pesquisa Naval dos Estados Unidos, mas queremos ampliar isso, trabalhar em novos projetos conjuntos que possam ser financiados pela Marinha americana”, destacou Piqueira. Segundo ele, o interesse da Poli está focado nas áreas Naval e Oceânica, mas como Computação e Automação têm ganhado muito espaço na Engenharia há um especial interesse da Poli em estabelecer parceria também nesses campos.

“É minha primeira visita à USP e posso dizer que não será a última. É uma instituição incrível, os briefings que recebemos sobre o corpo docente, os estudantes e as instalações colocam a USP em um nível mundial”, ressaltou Mathias Winter. Ele se disse impressionado com os recursos e com as estratégias adotadas para a educação das próximas gerações e com o engajamento nas pesquisas básicas e aplicadas observados em sua visita. “Os Estados Unidos têm um relacionamento muito forte com Brasil e esperamos continuar esse relacionamento por meio da nossa diplomacia em ciência e tecnologia e dos experts em pesquisas básicas da USP”, concluiu.

Além de Winter, integraram a delegação norte-americana Augustus Vogel, diretor associado para a América Latina e a África Subsaariana do Escritório de Pesquisa Naval GlobalHuw Davies, capitão Clarke Troyer, doutora Patricia Gruber, tenente Marten Coulter, Brad Goodrich, e Bob Bolia.

Pelo lado brasileiro, acompanharam a visita o comandante Ricardo Santana Soares, diretor do Centro de Coordenação de Estudos da Marinha em São Paulo; almirante Luciano Pagano Júnior; o professor doutor Alexandre Nicolaos Simos, chefe do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Poli; e o professor doutor Celso Pupo Pesce, do Departamento de Engenharia Mecânica.

 

Ações de internacionalização

Durante a apresentação, o professor Antonio Saraiva destacou que a Poli nasceu antes da criação da USP. Ele apresentou os números gerais da instituição, como orçamento e investimento em pesquisa, número de docentes, alunos, departamentos, titulações na graduação e pós-graduação, grupos de pesquisa, entre outros. Ele lembrou ainda que os melhores alunos procuram entrar na Poli, cujas vagas são bastante disputadas. Também ressaltou que a Poli recebe muitos recursos de empresas para fazer pesquisa, sendo ativa no relacionamento com o setor privado, citando Petrobras, Vale e Embraer como exemplos de empresas parceiras.

Outro ponto de destaque foram as ações no campo internacional, como o programa em colaboração com a França, por meio do qual alunos e professores da Poli e do ParisTech atuam de forma conjunta no desenvolvimento de projetos de pesquisa da empresa Bombardier. As possibilidades de realização de intercâmbio e obtenção do duplo diploma – Poli e uma universidade estrangeira – também foram detalhadas na apresentação feita para a delegação norte-americana.

Conhecendo laboratórios de ponta

O grupo visitou algumas das áreas produtoras de pesquisa de ponta da Escola Politécnica. A primeira foi o Tanque de Provas Numérico (TPN), que foi montado com apoio da Petrobras e faz pesquisas e simulações marinhas de alta relevância para a área naval e oceânica, com destaque para tecnologias lá desenvolvidas e testadas que são usadas hoje na exploração do pré-sal.

Coube ao professor doutor Kazuo Nishimoto, do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica, apresentar o TPN, do qual ele é coordenador. Além de conhecer o tanque de provas, a delegação pôde ver em detalhes uma nova área do TPN, o Simulador Marítimo Hidroviário, que reproduz uma cabine de navio. Nele é possível simular várias situações, como as manobras no canal de um porto ou operações em navio plataforma.

O professor doutor Maurício Silva Ferreira, do Departamento de Engenharia Mecânica, apresentou o Centro de Engenharia de Conforto, que reproduz um mini aeroporto, com sala de espera, rampa de acesso para o embarque e uma cabine de avião em tamanho real (mock up), onde é simulado um voo de verdade. Ele explicou os tipos de pesquisa trabalhados no Centro, que estuda, de forma integrada, os principais aspectos que envolvem o conforto dos passageiros das aeronaves, como ergonomia, ruído, vibração, temperatura, pressão, iluminação e até as influências psicofisiológicas.

O responsável pelo Laboratório de Biomecatrônica, professor doutor Arturo Forner-Cordero, do Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos, destacou várias pesquisas que estão sendo desenvolvidas pela Poli relacionadas ao estudo do sistema motor humano para construção de robôs e exoesqueletos. 

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