FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Professor José Roberto Castilho Piqueira foi eleito por unanimidade para o posto. Ele foi reconduzido para o cargo de conselheiro

O diretor da Escola Politécnica da USP, professor José Roberto Castilho Piqueira, foi escolhido, por unanimidade, presidente do Conselho Superior do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). Ele e os outros cinco conselheiros assinaram o Termo de Posse nesta quarta-feira, 11 de maio, no Gabinete da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECT) do Estado de São Paulo, em sessão presidida pelo titular da pasta, Márcio Luiz França Gomes.

Além do diretor da Poli, foram reconduzidos a professora Emico Okuno – que, ao lado de Piqueira, representa a USP no Conselho –, e Pierangelo Rossetti, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiep). Três conselheiros são novos: Francisco Rondinelli Júnior e Cristovão Araripe Marinho representam a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), e Fernando Batolla, a SDECT.

Entre as atribuições do Conselho Superior do Ipen estão propor ao presidente da CNEN medidas para o cumprimento das diretrizes da instituição e acompanhar, por meio da Superintendência do instituto, o desenvolvimento de programas e projetos desenvolvidos. Com relação às atividades de ensino, cabe a esse colegiado eleger a Comissão de Pós-Graduação, conforme o regulamento dos cursos de pós-graduação do Ipen-USP.

A assinatura do Termo de Posse foi precedida de questões levantadas pelo secretário Márcio França acerca da gestão do IPEN e as dificuldades enfrentadas em consequência do contingenciamento orçamentário. O superintendente do Instituto, José Carlos Bressiani, pontuou os principais entraves, entre eles a não reposição do quadro pessoal e o modelo de gestão do Centro de Radiofarmácia.

“Estamos enfrentando um momento difícil e tem sido um desafio garantir a produção dependendo de insumos importados, considerando que a moeda para a compra da matéria-prima – o molibidênio-99 – é dólar. Com a alta da moeda estrangeira, os valores previstos em orçamento ficam defasados. Desde que assumi, venho trabalhando para manter a nossa produção, afinal, estamos lidando com vidas”, disse Bressiani.

Cristovão acrescentou que existe uma interface do Ipen/CNEN com a sociedade por meio do fornecimento de radiofármacos, o que deixa a situação do Instituto bastante vulnerável em relação à opinião pública. “Quando falta medicamento, a população reage, a mídia divulga, e isso é muito preocupante. O Brasil precisa de autonomia para produzir radiofármacos, não podemos mais ficar dependendo de matéria-prima importada, temos que agir para garantir essa autonomia com o RMB”, disse, em referência ao Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).

O Projeto RMB acabou sendo um dos assuntos mais comentados da reunião. Bressiani destacou que só foi liberado um terço do orçamento anual previsto, comprometendo a execução. O repasse é feito pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O novo reator possibilitará ao Brasil atingir autossuficiência na produção de radioisótopos.

(Com informações do Ipen)

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