FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Selecionados pelo bom desempenho acadêmico, eles conheceram diversos laboratórios da Poli. Mais do que estimulá-los a seguir carreiras de exatas, a iniciativa visa atrair futuros talentos para o PROSUB

Fotos do evento

Ontem, quarta-feira (15/6), a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) recebeu a visita de 57 alunos de escolas de ensino médio da cidade de Sorocaba, no interior paulista. Na ocasião, eles conheceram seis laboratórios da Poli e assistiram uma palestra com o diretor da Escola, o professor José Roberto Castilho Piqueira.

Esta é a segunda visita organizada pela Soamar Sorocaba (Sociedade Amigos da Marinha) e a Fundação PATRIA, com o apoio do Centro Tecnológico da Marinha e da Agathos Educacional. “Nosso objetivo é estimula-los a seguir carreiras em Exatas com a expectativa de que possam ser, no futuro, profissionais úteis ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)”, afirma o presidente da Soamar, Paulo Fernando Moreira.

O PROSUB prevê projeto e construção de cinco submarinos convencionais e um nuclear no Brasil, com o domínio da tecnologia. O Centro Experimental de Aramar, da Marinha, em Iperó, fica próximo à Sorocaba, onde está sendo desenvolvida parte do projeto do reator nuclear do submarino. “Portanto, será necessária mão de obra especializada e qualificada. E por que não estimular a formação dessa mão de obra na região?”, disse Moreira.

Segundo ele, os jovens são de 41 escolas do ensino médio, públicas e privadas. Cada instituição indicou dois alunos, selecionados por seu alto desempenho acadêmico. Antes da visita, eles tiveram aulas preparatórias para compreender melhor o universo da Engenharia. Hoje, as atividades continuam com outra visita, desta vez no Centro Experimental de Aramar.

Os resultados dessa iniciativa, segundo ele, são animadores. “No ano passado, a maioria dos alunos que acompanhamos não sabia qual carreira escolher. Dos que sabiam, 50% tendiam para a área de Humanas. “Após as aulas e as visitas, metade dos que queriam Humanas se diziam inclinados para Exatas”, conta. Foi o caso de Lucas Soares Carvalho da Silva, que participou das visitas 2015 passado e neste ano ingressou em um curso de graduação voltado para tecnologia de polímeros. “Com a visita, tive a certeza de que era a área que deveria seguir”, disse.

Na leva de estudantes deste ano, dois já se mostraram inclinados para o mesmo caminho: Felipe Estácio, de 15 anos, que confirmou sua aptidão para Engenharia Mecânica, e Mi-Hawa, de 16 anos, que pretende trocar Administração por Engenharia Elétrica.

Fazendo a diferença – Em sua palestra, o diretor da Poli contou um pouco da história da Escola Politécnica, que foi fundada por republicanos abolicionistas. “A Poli teve, ao longo de sua história, um papel importante no desenvolvimento tecnológico do estado e do País”, disse. Ele citou como exemplos vários projetos em conjuntos com a Marinha do Brasil, como enriquecimento de urânio, automação de corvetas e materiais nucleares. “Desde 1954, a Escola mantém uma parceria com a Marinha”, destacou.

Ele aconselhou os estudantes a aproveitarem as oportunidades dadas pelos estudos. “A Escola Politécnica está entre as 50 melhores em Engenharia do mundo, mas há outras instituições paulistas públicas e gratuitas e de qualidade”, ressaltou. “Aproveitem essa oportunidade, digam não à mediocridade e façam a diferença no mundo”, finalizou.

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