FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Nova unidade viabilizará um investimento de R$ 30 milhões para estimular as empresas do setor a inovar mais e com maior densidade tecnológica

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A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) é agora uma unidade credenciada da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII). Trata-se da primeira instituição de pesquisa da rede EMBRAPII que atuará no setor da construção civil e que terá como foco soluções ecoeficientes.

Na prática, a maior escola de engenharia do país receberá uma injeção de recursos para realizar projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em parceria com empresas, diluindo assim os riscos da inovação para o setor privado. A assinatura do credenciamento foi realizada hoje (26/08), durante o 10º Concrete Show South America, em São Paulo.

A EMBRAPII Poli USP terá cerca de R$ 30 milhões para realizar projetos de inovação em fase pré-competitiva, na área de construção civil ecoeficiente. Os recursos serão investidos ao longo dos próximos seis anos. Para cada projeto aprovado, as despesas serão divididas entre a EMBRAPII, a Poli-USP e a empresa beneficiada. Todo o processo de contratação será rápido, flexível e desburocratizado. A Poli-USP colocará à disposição das empresas suas competências de recursos humanos e infraestrutura laboratorial.

Segundo o diretor-presidente da EMBRAPII, Jorge Almeida Guimarães, o sistema hoje conta com 28 unidades, sem contar a Poli-USP, que trabalham com 100 empresas parceiras. “As unidades são selecionadas em um processo extremamente competitivo. A Poli-USP foi uma de dez unidades escolhidas entre 110 concorrentes, uma seleção dura”, comentou. “É muito prazeroso ter a Poli-USP como uma das unidades vinculadas à EMBRAPII”, completou.

O diretor da Poli, professor José Roberto Castilho Piqueira, ressaltou a importância da unidade diante do cenário de esgotamento de matéria-prima, de fontes de energia e de recursos hídricos. “É fundamental que o meio acadêmico se preocupe com a obtenção de novas soluções que envolvem reaproveitamento de materiais e de insumos já utilizados e que esse reaproveitamento seja eficiente, traga economia, qualidade e durabilidade dos novos materiais a serem desenvolvidos”, apontou Piqueira.

Ele lembra, ainda, que a interação entre a universidade e o setor produtivo foi a base da fundação da Escola. “A Poli foi criada para satisfazer as necessidades da indústria paulista e brasileira no começo do século XX e, desde sua fundação, realizou grandes parcerias com a indústria e com o setor de serviços, na área pública e privada, e levou para a sociedade inovações e soluções que melhoraram a qualidade de vida das pessoas na cidade, no Estado e no País”, destacou.

Também participaram da assinatura do convênio o vice-reitor da USP, Vahan Agopyan; o engenheiro André Gertsenchtein, diretor superintendente da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE); o presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Renato Giusti, e a diretora técnica da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), Laura Marcellini.

Sobre a Escola Politécnica:

A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) é a maior e mais tradicional instituição pública de ensino e pesquisa em engenharia do país. Com dois campi, na Capital e Baixada Santista, possui 500 docentes – quase a totalidade com título de doutor e 72% trabalhando em regime de dedicação integral. Eles são responsáveis por 17 cursos de graduação e 12 programas de pós-graduação, reunindo um conjunto de mais de 6 mil alunos. A Poli é considerada o maior dentro de pesquisa em engenharia do país, com quase uma centena de grupos de pesquisa – a maior parte deles focada em pesquisa aplicada.

Sobre a EMBRAPII :

A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) foi criada em 2013 pelo governo federal com o objetivo de estimular a inovação na indústria brasileira. Ela tem por missão apoiar instituições de pesquisa tecnológica, em áreas de competência específicas, para que executem projetos de pesquisa inovadores, em cooperação com empresas do setor industrial. Atualmente, 29 instituições tecnológicas são credenciadas pela EMBRAPII, sendo 24 unidades, incluindo a Poli, e cinco polos de inovação. Desde sua criação, a EMBRAPII já investiu em 108 projetos num total de R$ 178 milhões.

 

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