FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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O Encontro Internacional para Liderança na Engenharia reúne alunos de diferentes nacionalidades para a resolução de problemas das cidades

A criação de sistemas eficientes de gestão de dados em saúde pública, o desenvolvimento de tecnologias para o tratamento de resíduos sólidos e o reflorestamento de áreas urbanas foram alguns dos temas propostos pelas prefeituras das cidades de Santos e São Carlos para os participantes do EILE – Encontro Internacional para Liderança em Engenharia – 2017 vindos de seis países diferentes (Brasil, Nigéria, Portugal, Colômbia e Índia). O encontro é promovido pelo Grêmio Politécnico da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

As sugestões foram apresentadas na abertura do evento realizada nesta segunda-feira (04/08) na sala do Conselho Universitário da USP, no campus do Butantã, onde, pela primeira vez, os 48 selecionados para participar do EILE puderam se encontrar pessoalmente. “A Poli possui um sistema bastante concreto de internacionalização, com mais de 15 anos de parcerias. Essa iniciativa do Grêmio é importante, pois reforça a aproximação da Escola com instituições de outras localidades”, afirmou Henrique Lindenberg Neto, docente da Poli e presidente da CRInt da Escola.

Também compuseram a mesa de abertura Luca Artiolli, presidente do Grêmio Politécnico; André Lacerda, coordenador geral do EILE; Paulo Lourenço, cônsul geral de Portugal; Osvaldo Nakao, prefeito do campus Butantã da Universidade; e Carlos Gilberto Carlotti Jr, Pró-Reitor de Pós-Graduação.

Artiolli e Lacerda agradeceram a presença de todos os convidados, o apoio institucional oferecido pela USP e pelo Consulado de Portugal e do patrocínio dado pela empresa Raia-Drogasil e pelo Fundo Patrimonial Amigos da Poli. Eles reforçaram o caráter inédito do evento no Brasil e a participação dos estudantes da Escola na organização do EILE.

Nakao e Carlotti Jr representaram as autoridades da reitoria. Ambos destacaram que um dos motes da gestão do reitor da USP, Marco Antonio Zago, é “romper com os muros da USP e construir uma ponte com a sociedade”, o que, segundo eles, coincide em muito com o caráter da competição. Já para o cônsul, a aproximação entre Brasil e Portugal é de extrema importância para ambos os países.

A cerimônia também contou com a entrega de um certificado ao grupo ganhador da edição de 2016. O trabalho desenvolvido consistiu na medição e criação de um banco de dados da poluição em Santos. Os integrantes produziram um sensor que será acoplado nos ônibus públicos para a captação constante dos índices de CO2 em várias regiões da cidade.

Próximas atividades do EILE – A partir de agora, inicia-se a primeira etapa da competição. Os participantes ficarão hospedados na cidade de Santos, onde é sediado o curso de Engenharia de Petróleo da Escola, e participarão de um curso sobre design thinking, palestras e workshops, com o intuito de prepará-los para a sua primeira apresentação no sábado (09/09). Nela, cada equipe possui até 10 minutos para falar qual o problema urbano escolhido e qual será a solução a ser desenvolvida pelos integrantes.

Para ajudá-los, as prefeituras de Santos e São Carlos foram consultadas a respeito de suas principais necessidades urbanísticas. O resultado foi o levantamento de seis temas que poderão ser abordados pelos grupos: urbanismo, big data e sistemas de gestão, energia, resíduos sólidos urbanos, mobilidade e transportes e educação.  

São Carlos, por exemplo, vê a necessidade de instalar sistemas de produção energia renovável, como placas solares, para atender às demandas das comunidades ao seu redor. Já a prefeitura de Santos deseja estudar se a implantação de um veículo leve sobre trilhos (VLT) que atenda à Baixada é viável.

Os grupos poderão estudar essas e outras questões na segunda fase da competição, já em São Paulo, orientados por um docente da Poli especializado na área. Ela durará de setembro a dezembro, quando acaba o prazo para a entrega do trabalho final, que deve conter um estudo aprofundado da problemática e a proposta de solução. A terceira e última fase é destinada somente ao grupo vencedor do EILE, que receberão uma ajuda de custo inicial de R$ 15 mil para desenvolver o projeto.

Confira as fotos do dia no álbum de fotos do Flickr da Escola.

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