FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Guilherme Spina, politécnico fundador da empresa V2COM, deu a sua visão a respeito das novas tecnologias.

Atualmente, 40% de toda a comida produzida no mundo vai para o lixo antes mesmo de ser consumida. Além disso, 70% do trânsito dos centros urbanos é gerado por pessoas em busca de um local para estacionar. Segundo Guilherme Spina, politécnico fundador da empresa V2COM, apesar desses dados aparentarem não possuir nenhuma relação entre si, são sintomas de um mesmo problema: a falta de organização humana que, ainda para ele, está sendo resolvida aos poucos com o surgimento de tecnologias e sistemas inteligentes como a Internet das Coisas – em inglês, Internet of Things (IoT).

A constatação de Spina foi feita durante a palestra que abriu a Semana de Engenharia Elétrica (SEnEC), organizada pelo Centro de Engenharia Elétrica e de Computação (CEE). O evento começou nesta segunda-feira (18/09) na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). A Semana durará até o dia 22 e terá mais de 20 atividades, incluindo workshops, mesas de debate e visitas técnicas.

O politécnico contou sobre a história da empresa aos presentes. Fundada em 2002, ela consiste, nas suas palavras, em “uma montadora de Lego de hardware e software”, desenvolvendo sistemas baseados no conceito de IoT. Atualmente atende e foca em organizações que trabalham com energia, óleo e gás, agropecuária e cidades inteligentes.

Sua maior atuação é no setor energético. Spina afirma que a empresa já forneceu medidores elétricos às principais distribuidoras de energia do país, o que coloca a V2COM como uma importante contribuinte para a digitalização do setor.

Para explicar melhor sobre as atividades da empresa, o palestrante trouxe um exemplo de um cliente. Trata-se de uma empresa do setor canavieiro cujo sistema de reversão da vinhaça – que diz respeito ao transporte do resíduo resultante do processamento da cana, depois que ela é utilizada em usinas – foi digitalizado e transformado em imagens, que podem ser acessadas por qualquer parte da fábrica. Segundo ele, o próximo passo é criar sistemas inteligentes que possam trabalhar em cima dessas imagens e cuidar do processo sem a necessidade da mão de obra humana.

Ao falar sobre o futuro da tecnologia, o CEO defendeu que ele será sustentado por três conceitos: IoT, Big Data e inteligência artificial. Isso fará com que “as decisões das grandes empresas deixem de ser tomadas com dados do passado, tirados de uma planilha, e passem a ser tomadas com base em dados captados imediatamente”.

Quando questionado sobre o eventual desemprego gerado pelas inovações, Spina foi otimista. “Dizer que a tecnologia produz desemprego é uma falácia. A tecnologia gera, na verdade, desenvolvimento e, consequentemente, algumas profissões têm que se modificar”, argumentou.

As inscrições para a IV Semana de Engenharia Elétrica ainda podem ser feitas por meio do site. Para conferir a programação, basta acessar o evento da Semana no Facebook.

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