FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Engenheiros da Poli criam plataforma de atendimento médico remoto para enfrentamento do coronavírus

Um grupo de engenheiros da Escola Politécnica (Poli) da USP está desenvolvendo uma solução de telemedicina para triagem de pacientes com suspeita de covid-19. A iniciativa consiste no atendimento via aplicativo específico ou WhatsApp que promove acompanhamento da saúde e tira dúvidas dos usuários sobre o coronavírus. Além disso, são enviados kits de monitoramento para casos potencialmente mais sérios. O serviço inclui conversas por chat e videoconferências pelo aplicativo da Health.In, startup de ex-alunos da Engenharia Mecatrônica da Poli, que participa do projeto em parceria com grupo coordenado pelo professor Marcos Ribeiro Pereira Barretto, também da Escola.

Barreto reforça o caráter inovador do projeto. “Não tenho conhecimento de ninguém mais oferecendo esse serviço grátis para os públicos que estamos convidando, incluindo até os kits que são enviados gratuitamente. Não é somente um chatbot, mas uma consulta real, com médicos de verdade”, conta o professor, embora lembre que o serviço não é oferecido para todo o Brasil. 

O atendimento é feito de duas maneiras: via teleconsulta ou telemonitoramento. No primeiro caso, a abordagem pode ser tanto ativa, com a equipe buscando o público, quanto passiva, com o paciente procurando o serviço médico. A teleconsulta é iniciada por meio do contato por mensagem ou pelo aplicativo que conecta o paciente com a equipe médica do projeto. Nessa modalidade, as pessoas são atendidas por um médico, o qual presta esclarecimentos sobre a covid-19, ouve as queixas das pessoas e orienta como o paciente deve prosseguir. 

Os grupos sob suspeita são encaminhados ao telemonitoramento. Nesses casos, são encaminhados kits de monitoramento para os pacientes, contendo termômetro, oxímetro e medidor de pressão arterial. Assim, a pessoa acompanhada faz as medições e passa os números por meio da plataforma, recebendo respostas e orientações da equipe médica. Além disso, o monitoramento ativo ocorre a cada dois ou três dias — ou seja, um membro da equipe de saúde procura o paciente para verificar sua situação. 

Atualmente o serviço está em período de teste, e atende a comunidade politécnica, ou seja, alunos, professores e funcionários da Escola Politécnica, e planeja ampliar sua atuação para comunidades onde o grupo atua, como a Nova Esperança, em Cotia. O objetivo do projeto é ajudar as pessoas que começam a ter algum sintoma, acompanhando-as com médicos da Health.In. Já do ponto de vista da pesquisa, trata-se de uma aplicação de telemonitoramento com uso de Internet das Coisas (IoT), um conceito que remete à interconexão de objetos tecnológicos via internet, para monitorar oximetria, temperatura e pressão arterial.

O projeto é financiado pelo Fundo Patrimonial Amigos da Poli, instituição formada por ex-alunos da Poli que atuam apoiando iniciativas da Escola. Além disso, a empresa Quora Telessaúde está colaborando em parceria com a ação, fornecendo supervisão técnica em Medicina. 

Outras informações com a assessoria de imprensa da Poli pelo número (Whatsapp) +55 11 3091-5295, ou pelo e-mail comunicacao.poli@usp.br

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