FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Rangarajan mostrou interesse pelo impacto econômico dos resultados dos projetos do RCGI, muitos dos quais envolvem tecnologias disruptivas.

O embaixador do Reino Unido no Brasil, Vijay Rangarajan, visitou no último dia 12 o Fapesp Shell Research Centre for Gas Innovation (RCGI) e a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, ambos sediados na USP. Rangarajan veio a convite do professor Jacques Marcovitch, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA/USP) e estava acompanhado da assessora de economia do Consulado Britânico no Brasil, Raquel Borges de Sá.

No RCGI, o embaixador foi recebido pelo professor Julio Meneghini, diretor do Centro, que fez uma apresentação sobre a atuação e os projetos de pesquisa em andamento no RCGI. “Eu já conhecia um pouco sobre os temas tratados pelo time de pesquisadores do RCGI. Mas fiquei impressionado com o nível de detalhamento dos projetos na apresentação do professor Júlio”, disse o embaixador, contando que antes havia conversado com empresas britânicas, entre elas a própria Shell (anglo-holandesa), a respeito das pesquisas do RCGI. Na visita, o embaixador mostrou interesse pelo impacto econômico dos resultados dos projetos do RCGI, muitos dos quais envolvem tecnologias disruptivas.

O encontro teve a presença de diversos integrantes do RCGI: os pesquisadores Edmilson Moutinho, Virgínia Parente, Emílio Silva, Cláudio Oller e Dominique Mouette, além do diretor de Difusão de Conhecimento e Comunicação, Gustavo Assi; e a diretora de Recursos Humanos e liderança, Karen Mascarenhas. Contou ainda com a presença de Rob Littel e Tiago Vicente, respectivamente gerente geral de Separação de Gases e chefe do Escritório de Relações Internacionais da Shell; do diretor da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, Carlos Alberto Zeron; e do próprio professor Jacques Marcovitch.

Registro histórico – O trabalho do RCGI, que envolve investimentos da USP, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Shell, e mais de uma centena de pesquisadores em colaboração estreita com instituições estrangeiras, merece, na opinião de Marcovitch ter um registro histórico. “O que temos aqui é uma rara oportunidade de um arranjo que inclui uma universidade pública brasileira e instituições de pesquisa de outros países, junto ao setor privado. Então, é preciso pensar em quem vai registrar isso e como esse conhecimento será exposto para as outras pessoas”, disse. É algo que deve ser registrado e documentado para que as novas gerações de pesquisadores saibam como vocês trabalharam essa interface entre instituições diversas”, acrescentou.

Para Meneghini, os memoriais dos projetos são uma questão relevante, que deve ser pensada junto à Shell e a outras instituições parceiras. Gustavo Assi concordou: “Temos de aprender com essa oportunidade única e passar à frente as experiências que temos, sobre como o modelo funciona e sobre próprio aprendizado ao longo do caminho”, disse. Ele lembrou também que o RCGI ‘fala’ com um público diverso – da academia, passando por empresas, até o público leigo. E que essa é uma preocupação da comunicação no RCGI.

O diretor da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin disse que a instituição pode contribuir com a ideia do registro da memória dos projetos do RCGI. “Nós temos a memória e a história da relação entre o Brasil e outros países do mundo, especialmente a Grã-Bretanha, cuja presença aqui no século XIX foi marcante”, disse Zeron.

Após conhecer a sede e os projetos do RCGI, embaixador e parte da comitiva visitaram a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. Lá, ele foi recebido também por três dos quatro filhos do casal Mindlin – Diana, Sonia e Betty Mindlin – e pelo vice-diretor da instituição. O embaixador foi presenteado com vários livros e fez uma visita guiada pela biblioteca, que tem mais de 60 mil volumes, sendo uma parcela significativa composta por edições raras. 

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