FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Participantes propuseram melhorias no processo de obtenção da amônia, visando sua utilização na fabricação de fertilizantes.

Resolver os problemas que envolvem o gasto de energia associada à cadeia produtiva de fertilizantes no Brasil foi o grande desafio de Engenharia enfrentado por estudantes de diversos campi da Universidade de São Paulo (USP) durante os dias 11 e 15 de dezembro na Escola Politécnica (Poli-USP). A atividade fez parte da segunda fase do Programa de Integração dos Estudantes de Engenharia (PIE2), uma iniciativa da Pró-Reitoria de Graduação da Universidade e da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest).

O grupo vencedor explicou que aproximadamente 90% da energia demandada na produção dos fertilizantes no Brasil é utilizada somente para a fabricação da amônia, composto presente nos químicos. Ela é feita por meio de um processo denominado reforma à vapor, que necessita da queima de combustíveis fósseis.

A ideia do grupo foi otimizar a reforma à vapor, substituindo a queima dos combustíveis fósseis por energia termoelétrica e decomposição de resíduos orgânicos, que geram os gases necessários para a produção da amônia. Eles garantiram que essa melhoria, além de economizar energia, ainda substituiria uma fonte não renovável por fontes limpas, gerando o biogás e contribuindo para o meio ambiente.

Os estudantes levaram para casa bolsas no valor de US$ 1,2 mil mensais para cada membro para a realização de estágios no exterior.

Sobre o encerramento – Os docentes da Poli Larissa Driemeier e Nicola Getschko, do Departamento de Engenharia Mecatrônica e de Sistemas Mecânicos (PMR), e Marcelo Becker, do Departamento de Engenharia Mecânica da Escola de Engenharia de São Carlos (SEM-EESC), foram os organizadores do Programa. Driemeier, representando a diretoria da Poli, agradeceu a presença de todos e destacou o sucesso do evento. “Todos os competidores foram além do que esperávamos, pois tínhamos conhecimento da dificuldade do desafio ante o tempo tão curto que vocês tinham”, afirmou.

Outros projetos – Ao todo, as seis equipes – que estavam representadas por cores – apresentaram suas soluções. O time  azul claro atacou o sistema de transporte dos fertilizantes no Brasil, que é majoritariamente rodoviário, encontra-se, segundo o levantamento do grupo, precário, e necessita reduzir o gasto de diesel para realizar as viagens. Para isso, eles repensaram a logística do setor e propuseram um aplicativo que medisse informações dos caminhões (como posicionamento e condições do veículo), a fim de criar uma base de dados que possibilite estudos posteriores mais profundos sobre os gastos de combustíveis e as emissões de gases de efeito estufa.

A equipe cinza idealizou uma nova composição de adubo, formada por lipídeos e carboidratos, a fim de maximizar a quantidade de nutrientes que a planta absorveria, diminuindo assim a quantidade de produto necessária. A equipe azul escuro propôs a substituição do sistema de transporte rodoviário da amônia por um sistema de gasodutos, enquanto a vermelha pensou na utilização do lodo de esgoto doméstico no lugar dos fertilizantes.

Por fim, a equipe laranja pensou no desenvolvimento do ibi, um mini robô que analisa a qualidade e as especificidades do solo a ser estudado. Combinando técnicas tradicionais de análise, como as análises químicas, com métodos mais novos, como a obtenção de imagens, eles pensaram em uma máquina capaz de realizar o estudo de um hectare de terra a cada duas horas.

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