FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Técnica também pode ser empregada para substituir drywall ou madeira na construção civil; custo do protótipo foi de apenas R$ 60

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Alunos de graduação da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) receberam o desafio de construir uma banqueta capaz de suportar uma pessoa, mas, para isso, poderiam usar apenas cola e papel jornal. A banqueta deveria ter até um quilo de peso e dimensões similares aos produtos encontrados no mercado. Divididos em 19 equipes, 95 estudantes da graduação se dedicaram à tarefa. Os resultados foram animadores: o protótipo considerado como o melhor projeto consegue suportar mais de 120 quilos de peso.

Em 90 dias, cada equipe desenvolveu dois protótipos. O primeiro precisava suportar cargas de até 85 quilos. A partir do resultado deste modelo inicial, os estudantes trabalharam no segundo, aplicando os aprimoramentos aprendidos com as deficiências encontradas para criar uma banqueta que suportasse até 120 quilos. Dos 19 protótipos testados na última fase, nove suportaram cargas acima de 100 kg e quatro deles superaram os 120 kg, e não apresentaram nenhum dano aparente.

A confecção das banquetas foi uma atividade da disciplina Elementos de Máquinas, coordenada e ministrada pelo professor Nicola Getschko, do Departamento de Engenharia Mecatrônica e de Sistemas Mecânicos da Poli-USP, e envolveu estudantes dos cursos de Engenharia de Minas, de Metalurgia, de Petróleo e de Materiais. A técnica utilizada pelos alunos também pode ser empregada para produção de placas que substituam o drywall ou a madeira na construção civil.

Segundo Getschko, o custo de produção das banquetas de papel jornal é bastante inferior ao das baquetas plásticas do mercado (que obedecem a uma produção em grande escala), já que foram utilizados materiais recicláveis. “Pensando em uma escala comercial, dado o uso de um material reciclável como o papel jornal, podemos estimar que o custo seja até um terço inferior ao de banquetas convencionais.” Ele calculou o custo da produção artesanal dos estudantes em aproximadamente R$ 60,00 por protótipo. O melhor projeto foi de autoria dos alunos Henry Shinji Jouti, Débora Teng, André William Menezes. Arthur Heinrich, Clara Souza e Mariana Giacon.

Sustentabilidade – Outro aspecto relevante é a sustentabilidade do processo, pois além de dar uma nova função ao material já utilizado, o jornal, os produtos obtidos continuam com um alto potencial de reciclagem depois de terminada sua vida útil.

“Também buscamos, com a atividade, incutir a questão da sustentabilidade na formação dos nossos alunos, algo essencial para qualquer engenheiro. Além disso, eles precisam saber compatibilizar a preocupação entre ser sustentável com os requisitos de qualidade e segurança, e ter consciência de que não se trata de desenvolver um trabalho criativo no sentido artístico ou artesanal mas, sim, de atuar em um projeto calcado no conhecimento científico e que atenda os requisitos da Engenharia”, finalizou.

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Janaína Simões

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