FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Apoio de  instituições de ensino superior tem ajudado na melhoria do desempenho da equipe de jovens que representam o Brasil nas competições

Todos os anos a Olimpíada Brasileira de Física inicia com aproximadamente 400 mil estudantes de Ensino Fundamental e Médio de todo o País. São realizadas três fases de provas, primeiramente nos estados de origem, e ao final em São Paulo, nas quais são selecionados os 14 estudantes que representarão o Brasil em três competições internacionais: a International Physics Olympiad (Ipho), a European Physics Olympiad (EuPhO) e a Olimpíada Ibero Americana de Física (OIbF).

Os 14 estudantes selecionados passam por treinamentos intensivos em instituições de pesquisas e ensino superior como a Escola Politécnica da USP (Poli-USP), os Institutos de Física da USP e da Unicamp, o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

O coordenador do Comitê de Seleção Olímpica Internacional da Sociedade Brasileira de Física, professor Munemasa Machida, do Instituto de Física da Unicamp, explica que as aulas dos ensinos fundamental e médio brasileiro não contemplam a prática de física experimental, e nas olimpíadas internacionais isto corresponde a 40% da nota total. Ele conta que, embora muitas das escolas de origem dos selecionados tenham esta parte como estudo paralelo, a prática experimental ainda é muito abaixo do nível esperado. “Os treinamentos intensivos têm ajudado muito na formação e competitividade dos nossos estudantes, obtendo nos dois últimos anos consecutivas melhorias de resultados em todas as participações do Brasil nas Olimpíadas Internacionais. E isto só foi possível com o apoio tão dedicado dos nossos professores das universidades e centros de pesquisa participantes”, ressalta. Toda essa cooperação entre as instituições tem dado resultados positivos. Nos últimos dois anos, a equipe brasileira conseguiu melhorar seu desempenho, trazendo três medalhas de ouro e duas de bronze da competição realizada na Indonésia.

Contribuições da Poli

A Poli tem sido o local de prova para os estudantes nos últimos dois anos, realizando a seletiva final ao longo de três dias. A prova experimental é idealizada, executada e corrigida por professores da Escola.

Os estudantes passam por treinamentos para ampliar os conhecimentos e técnicas em componentes e circuitos elétricos, e manuseio de equipamentos eletro-eletrônicos, relata o professor do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos, Antonio Carlos Seabra. Os treinamentos previstos deste ano na Escola Politécnica deverão ser entre os dias 26 a 29 de junho próximo.

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