O ARGO, uma equipe interdisciplinar, já participou do projeto do ventilador pulmonar Inspire e tem trabalhado no desenvolvimento de aplicativos voltados para saúde mental neste momento de pandemia
O grupo de extensão interdisciplinar de Engenharia Biomédica e Inovação em Saúde da USP, o ARGO, surgiu dois anos antes da pandemia, teve sua importância e atuação ampliados devido aos desafios impostos pela covid-19. A equipe é formada por estudantes e pesquisadores da engenharia, design, medicina e biomedicina, e busca levar o conhecimento disponível na Universidade para a sociedade, em forma de serviços e projetos. Conheça alguns deles abaixo.
Em conjunto com a Faculdade de Medicina da USP, O ARGO desenvolveu o aplicativo para smartphones COMVC, “uma ferramenta que permite auxiliar os usuários a manter a saúde mental em dia e a entender mais sobre depressão, ansiedade e estresse, por meio de vídeos educativos”, explica o estudante de engenharia da Escola Politécnica (Poli) da USP e um dos fundadores do grupo, Fábio Henrique Passos Vieira.
O aplicativo foi pensado para responder a uma demanda psicológica de esgotamento dos funcionários e colaboradores do Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo (USP), por meio de assistência e promoção à saúde desses funcionários que estão na linha de frente no combate à pandemia. O aplicativo ganhou proporções maiores: “Nosso aplicativo vai ser testado dentro da OMS e no âmbito acadêmico. As redes de ensino do estado aconselham o uso do aplicativo”, detalha Fábio.
A iniciativa surgiu com intuito de atender algumas demandas da própria faculdade voltada para pesquisa, em que a engenharia pudesse atuar fornecendo ações que tornassem possível a divulgação científica. Hoje, o ARGO não é apenas um grupo de engenharia, mas de inovação e interdisciplinaridade que junta o estudante de engenharia, design, medicina e biociências a colaborarem em um mesmo time.
A estudante de engenharia e presidente do grupo, Duane Fernandes Duarte, explica que o grupo tem uma atuação muito ampla: “Temos projetos em áreas bem diversas, desde atividades relacionadas à divulgação científica, saúde, até projetos mais técnicos. Como, por exemplo, temos uma câmara que realiza a desinfecção de máscaras e um filtro de ar para evitar contaminação pela covid-19”. O grupo também está trabalhando com o desenvolvimento de um Chatbot para avaliação da saúde mental.
“Temos projetos em áreas bem diversas, desde atividades relacionadas à divulgação científica, saúde, até projetos mais técnicos. Como, por exemplo, temos uma câmara que realiza a desinfecção de máscaras e um filtro de ar para evitar contaminação pela covid-19”.
Para que o grupo trabalhe com as melhores soluções para Saúde, dentro dos seus projetos, os participantes trabalham seguindo metodologias de biodesigners, em que a equipe faz o levantamento de uma situação com o objetivo de quantificar problemáticas e após esse processo, viabilizam soluções com menores gastos financeiros.
“Já a engenharia cabe propor as mais diversas soluções, não aplicando coisas complexas, mas conhecimentos básicos em relevância central na elaboração das atividades do ARGO”, comenta a estudante de engenharia e vice-presidente do grupo, Bruna Matsumoto Silva.
O ARGO é composto por representantes de diversas engenharias, como ambiental, elétrica, mecatrônica, mecânica e materiais, que trabalham com o objetivo de entregar um trabalho que impacte a saúde em âmbito nacional. Isso tem acontecido na prática, a exemplo, da participação do grupo na estruturação e comunicação do Projeto Inspire, que levou ventiladores pulmonares para diversos lugares do País. O Professor do Departamento de Engenharia Mecatrônica da Poli e orientador do grupo, Arturo Forner-Cordero, enfatiza: “O mais interessante é que a engenharia trabalha na raiz do problema, tornando possível o projeto”.
Forner-Cordero finaliza explicando que uma das características do grupo: “É a autonomia dos seus participantes. Trabalhamos no desenvolvimento de máscaras até aplicativos voltados para saúde mental das pessoas neste momento de pandemia. E aprendendo sobretudo a se relacionar com diferentes ambientes profissionais”.
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