FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Com o objetivo de apresentar os processos e projetos atuais de reciclagem nas áreas de plásticos, vidro, papel e metais foi realizado na última sexta-feira (27/05), na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, o VI Seminário Reciclagem e Valorização de Resíduos Sólidos.

 

Organizado e coordenado pelo professor Helio Wiebeck, do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Poli, o evento, que durou o dia todo, teve palestras de professores, representantes de empresas e associações, além de pesquisadores com atividades desenvolvidas na área de reciclagem, biopolímeros e biodegradáveis. Na platéia estavam estudantes de graduação e pós-graduação, empresários, representantes de prefeituras e órgãos públicos e consultores que atuam ou têm interesse em reciclagem de resíduos.

O seminário foi aberto pelo diretor da Poli, o professor José Roberto Cardoso, que deu as boas vindas aos participantes. Num breve discurso, ele lembrou que a Escola costuma debater temas atuais e importantes, como é o caso dos resíduos sólidos. “Essa questão é extremamente relevante para a nossa sociedade”, disse. “Os especialistas aqui presentes sabem do impacto que o tratamento de resíduos sólidos tem para o meio ambiente.”

Depois de Cardoso, foi a vez de o próprio Wiebeck dar início a série de palestras. Ele falou sobre a reciclagem de luvas cirúrgicas e a utilização de cinzas de casca de arroz na indústria de polímeros. De acordo com Wiebeck, as luvas cirúrgicas e as cinzas de casca de arroz são resíduos importantes. Esses materiais representam uma oportunidade de transformar prováveis componentes do lixo mundial em fonte de renda e trabalho para a sociedade.

Durante o evento, que foi realizado no auditório “Prof. Dr.Francisco Romeu Landi”, da Poli, vários outros temas foram objeto de palestras. Entre eles, a política nacional de resíduos sólidos; o aproveitamento de lixo industrial nas fábricas de plástico; a biodegradação e reciclagem de polímeros e materiais eletrônicos; a recuperação de áreas degradadas, utilizando resíduos sólidos inertes da construção civil; e pesquisa e inovação tecnológica na indústria de reciclagem.

O seminário realizado na Poli se reveste de maior importância, quando se leva em conta que o Brasil é considerado um grande reciclador de alumínio, mas tem baixo reaproveitamento de outros materiais como vidro, plástico, latas de aço e pneus consumidos. Quanto ao papel, somente 37% do usado em escritórios são reciclados e menos de 50% da produção nacional do papelão (720 mil toneladas) são reaproveitados. No caso das latas de aço consumidas no País, se todas elas fosse recicladas seria possível evitar a extração de 900 mil toneladas de minério de ferro por ano, trazendo uma economia de energia equivalente ao consumo de quatro bilhões de lâmpadas de 60 watts.

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