Escola Politécnica

Formando engenheiros e líderes

 

Conselho Universitário da USP aprova transferência do curso de Engenharia de Petróleo da Poli para Santos. Com a decisão, o próximo vestibular da Fuvest já oferecerá vagas para o curso.

Por 91 votos a favor, oito contra e 10 abstenções, o Conselho de Universitário da Universidade de São Paulo (USP) aprovou ontem (28/06), a transferência do curso de Engenharia de Petróleo da Escola Politécnica (Poli) para Santos, no litoral. Atualmente as aulas são ministradas na Cidade Universitária em São Paulo. Com a decisão, o próximo vestibular da Fuvest já oferecerá vagas para o curso. Serão as mesmas 10 vagas disponibilizadas hoje em São Paulo, mas a meta, de acordo com o diretor da Poli, José Roberto Cardoso, é aumentar esse número para 50 em curto prazo.
Diferentemente do que ocorre hoje com o curso, no entanto, elas serão disputadas de forma independente no vestibular. Em São Paulo, o estudante não presta vestibular especificamente para Engenharia de Petróleo. Ele só pode fazer essa opção depois de cursar um ano de matérias básicas de Engenharia, junto com todos os alunos ingressantes da Poli.
Em Santos, o curso de Engenharia de Petróleo funcionará num prédio construído por Ramos de Azevedo, no bairro Vila Matias, na região central da cidade, que já abrigou uma escola no passado. Agora ele será readequado para o ensino universitário. Além disso, o edifício tem instalações anexas que serão utilizadas para laboratórios didáticos e de pesquisa e para a área de vivência dos alunos. As aulas em Santos serão dadas pelos mesmos professores que hoje lecionam no curso em São Paulo, mas existe previsão para contratação de 30 novos docentes até 2013.
De acordo com Cardoso, a transferência do curso de Engenharia de Petróleo preenche uma lacuna na cidade de Santos, que hoje não tem nenhuma unidade de uma universidade pública paulista. O objetivo é atender a demanda por profissionais qualificados, que será gerada pelo grande desenvolvimento da área de petróleo e gás que a Baixada Santista vai ter por causa da instalação da Petrobras, para a exploração do petróleo da camada pré-sal da Bacia de Santos.
A expectativa é que sejam feitos investimentos de milhões naquela região, que, por conta da Petrobras, vai atrair uma quantidade razoável de empresas ligadas ao setor que se instalarão na cidade. “Por isso, a maioria esmagadora do Conselho Universitário reconheceu a importância de transferir o curso de Engenharia de Petróleo para Santos”, comemorou Cardoso. “Agora, vamos trabalhar para que ele comece a funcionar.”