A Egrégia Congregação da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo repudia veementemente a mensagem oportunista, veiculada por meio de vídeo disponibilizado na rede social Twitter,
propagando falsas afirmações repletas de misoginia e preconceitos. Sem qualquer fundamento, essa mensagem atribui a mulheres engenheiras e outras profissionais a pretensa responsabilidade sobre o recente acidente ocorrido na obra da linha 6 do Metrô de São Paulo.
O vídeo, apócrifo, recebeu apoio de deputado federal da bancada do Estado de São Paulo no dia 04/02/2022, por intermédio de diversas manifestações que demonstram, categoricamente, sua profunda ignorância sobre a ética, a história e as práticas da Engenharia, a qual, sem preconceitos de raça, gênero ou de qualquer outra natureza, conta há muito tempo com a atuação de mulheres de alta competência e lisura profissionais.
A primeira engenheira da Escola Politécnica diplomou-se em 1928, há quase 100 anos. Desde então, a Escola Politécnica orgulha-se de ter formado em torno de 3500 mulheres engenheiras que, assim como milhares de egressas de outras importantes escolas de Engenharia no Brasil, têm colaborado de forma substantiva e incansável para o desenvolvimento da nação.
Mensagens de natureza preconceituosa devem ser repudiadas por toda a sociedade e ensejar profunda reflexão acerca da escolha de seus representantes, para que não venham a desonrar a nobre missão parlamentar de que são investidos.
Egrégia Congregação da Escola Politécnica da USP, em sessão extraordinária do dia 07/02/2022.
