Claudio Ruggieri, professor do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica (Poli) da USP, participou do International Congress of Fracture (ICF) em novembro, na cidade de Luxor, Egito. O evento científico, realizado a cada quatro anos, reúne especialistas, pesquisadores, engenheiros e profissionais da área de ciência e tecnologia de materiais, com foco em estudos sobre fraturas e falhas de materiais. Neste ano, o Congresso teve como objetivo promover e fomentar a discussão desses tópicos na África e no Oriente Médio, com a participação também de pesquisadores e cientistas de outros países. Por esse motivo, o professor foi convidado a participar do 2nd Inter Quadrennial ICF Conference in Africa and the Middle East, por um dos diretores do ICF, o professor Ashok Saxena, da Georgia Tech.
“Foi um dos melhores eventos que já participei como professor e pesquisador da Escola Politécnica da USP. O Congresso me proporcionou a oportunidade de conhecer alguns dos lugares mais incríveis que já visitei, como a tumba de Ramsés IV no Vale dos Reis, o Templo de Karnak e o próprio Rio Nilo. No entanto, o mais importante foi poder conviver por quase uma semana com colegas pesquisadores, que, apesar de terem uma cultura bastante diferente da nossa, foram extremamente receptivos e calorosos. É claro que a ciência é única e universal, transcendendo barreiras culturais e regionais, mas vivenciar esse contraste dentro de um ambiente acadêmico foi uma experiência única”, conta Ruggieri.
Segundo o professor, há um enorme potencial a ser explorado em termos de colaborações científicas e acadêmicas com esses países. Os países da Península Arábica, ricos principalmente devido às receitas provenientes do petróleo, possuem melhores condições de desenvolvimento tecnológico. Durante o evento, em conversas com pesquisadores do Qatar, o professor Ruggieri confirmou que eles estão bastante receptivos a estabelecer colaborações científicas e tecnológicas com grupos de pesquisa da Escola Politécnica em áreas que consideram relevantes.
“Em minha opinião, o evento trouxe grande visibilidade, não apenas pelo trabalho inovador que apresentei, mas também pela conexão com os projetos de P&D desenvolvidos na Poli pelo meu grupo de pesquisa. Foi uma oportunidade de enriquecer o conhecimento dos participantes sobre a Universidade de São Paulo, a melhor universidade da América Latina”, enfatiza Claudio Ruggieri.
