Neste ano de 2024, a Escola Politécnica (Poli) da USP tem dois projetos finalistas no Prêmio ANP de Inovação Tecnológica, promovido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que reconhece projetos, estudos e personalidades que contribuem para a inovação tecnológica no setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis.
Na categoria “Transição Energética e Energias Renováveis”, está entre os finalistas o projeto “Eólica Offshore Flutuante em Águas Ultra-Profundas Integrada ao Desenvolvimento da Produção de Petróleo e Gás”, em colaboração com a Petrobras e coordenado pelo professor Alexandre Simos, do Departamento Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica da USP.
Esta iniciativa de pesquisa buscou desenvolver um projeto inovador de unidade eólica offshore com sistema de armazenamento de energia otimizado para operação em lâminas d’água ultra profundas.
A Escola Politécnica vem estudando a tecnologia flutuante há quase dez anos e, no momento atual, a parceria com a Petrobras tem aberto mais portas para o sucesso de projetos nesta área. “É a indústria que tem as demandas por tecnologia, demandas por inovação, e nós da engenharia esperamos essas demandas para colaborar na solução desses problemas e para gerar inovação. Esse mecanismo é fundamental para impulsionar a inovação no País”, defende Simos.
Na categoria “Indústria 4.0 / Transformação Digital / Inteligência Artificial”, destacou-se o projeto “Sistema DYNASIM para Projeto, Operação e Contingência de Sistemas de Ancoragem e Operações Navais”. Desenvolvido em parceria pela USP, Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e Petrobras, o projeto é coordenado pelo professor Eduardo Tannuri, do Departamento de Engenharia Mecatrônica da Poli.
O sistema DYNASIM teve seu desenvolvimento iniciado há 30 anos pela Petrobras, em parceria com o professor Kazuo Nishimoto e sua equipe do Tanque de Provas Numérico (TPN). Atualmente, é o programa oficial da Petrobras para o projeto de ancoragem e análise dinâmica de todas as plataformas de exploração dos campos de petróleo. “Hoje, o programa é capaz de simular navios e plataformas equipados com sistemas modernos de posicionamento dinâmico, dinâmica acoplada de embarcações, cabos e risers e, em breve, turbinas eólicas flutuantes”, declara Tannuri.
A premiação tem como foco destacar resultados de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), com impacto no setor, desenvolvidos por instituições de pesquisa brasileiras e empresas em colaboração com petrolíferas. Além disso, o prêmio valoriza trabalhos acadêmicos no âmbito do Programa de Formação de Recursos Humanos da ANP (PRH-ANP), como monografias, dissertações, teses e artigos científicos.
Outras informações sobre os projetos e o contato dos pesquisadores podem ser encontrados no site www.tpn.usp.br