No último dia 29 de outubro, a Pró-Reitoria de Pós-Graduação divulgou os resultados da 13ª edição do Prêmio Tese Destaque USP e, dentre os premiados, estava Kelvin André Pacheco, do Programa de Pós-Graduação de Engenharia Química da Escola Politécnica (Poli) da USP.

O prêmio tem como objetivo reconhecer e premiar as Teses de Doutorado de destaque, defendidas nos Programas de Pós-Graduação da Universidade nas suas áreas de atuação, bem como nas áreas distribuídas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, de forma a estimular a constante busca pela excelência na pesquisa. 

Neste ano, o Prêmio Tese Destaque USP com 13 áreas de premiação, e totalizou mais de 40 teses homenageadas.

Orientado pela professora Rita Maria de Brito Alves, do Departamento de Engenharia Química da Poli, Kelvin foi o vencedor de melhor tese na área de Sustentabilidade Ambiental com a pesquisa “Avaliação dos Processos de Conversão de CO2 em Produtos de Valor Agregado”.

A pesquisa explora a reutilização do dióxido de carbono (CO2) como uma matéria-prima na produção de produtos químicos, abordando sua conversão em produtos de alto valor agregado, como ácido acético e dimetil éter, e seu potencial para reduzir impactos ambientais e promover uma economia circular.

O objetivo geral da pesquisa é apresentar um framework , ou seja, um arcabouço conceitual, que combina a exploração dos produtos derivados de CO2 com a otimização de uma planta química teórica, visando a redução de emissões e custos. 

A pesquisa foi conduzida por meio de avaliações rigorosas de processos de conversão do CO2 e suas propriedades termodinâmicas, visando uma análise abrangente do mercado local para os potenciais produtos gerados.

A tese se contextualiza dentro da crescente preocupação com as mudanças climáticas e a necessidade de soluções para a gestão de emissões de CO2. Ela se relaciona diretamente com a busca por alternativas mais sustentáveis na indústria química, em especial com a redução das emissões de gases de efeito estufa e a utilização de CO2.

“Torna-se crucial considerar a utilização de CO2 não apenas como um resíduo, mas como uma matéria-prima para a produção de químicos e combustíveis, alinhando-se com iniciativas globais que favorecem a transição para uma economia circular de minimização do consumo de recursos fósseis”, afirma Kelvin. 

A otimização dos processos propostos resultou em menores custos anuais e redução nas emissões de CO2, indicando uma melhoria na eficiência financeira e um avanço em direção à sustentabilidade ambiental.