FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

Tradicional, interdisciplinar ou voltada à pesquisa: estudante da Poli pode escolher sua formação

Após cumprir as disciplinas da formação generalista de seu curso em quatro anos, o último período da graduação dos futuros engenheiros oferece 40 diferentes caminhos

A Escola Politécnica da USP (Poli-USP) aprovou, em 2013, uma nova estrutura curricular, a EC3, que passou a valer para os alunos que ingressaram em 2014. Esta turma chega ao quinto ano do novo modelo em 2018, e experimenta a oportunidade de escolher entre três caminhos bem distintos para concluir sua formação. Continuar em sua área de ingresso, escolher uma área diferente, ou seguir a carreira em pesquisa são as opções oferecidas aos estudantes, que passam pelo processo pela primeira vez na história da Escola, fundada em 1893. Os estudantes podem escolher entre 40 módulos, sendo dois deles interdisciplinares, em Engenharia Biomédica e Tecnologia Nuclear, e sete na área acadêmica.

O professor Francisco Cardoso, que preside a Comissão de Graduação da Poli-USP e liderou o processo, explica que a estrutura adotada confere ao aluno a oportunidade de direcionar sua formação. Assim, após concluir as disciplinas básicas do seu curso em quatro anos, o aluno pode optar por dedicar a carga horária do quinto ano para uma formação equivalente à de uma especialização ou pós-graduação em lato sensu, ou, ainda, pode optar por abrir novas perspectivas de atuação profissional. “Este é um grande diferencial que o aluno da Poli tem. Dentro do seu curso de graduação, uma carga horária flexível de 360 horas, que equivale a uma especialização”, ressalta.

O estudante Lucas Kazumi Onaga, um dos representantes dos alunos da Poli na Comissão de Graduação, destaca a liberdade para formatar o currículo como uma das grandes vantagens da graduação da Poli. “É possível escolher entre diversas especializações sem prejudicar a formação, e sem ter que cursar uma pós-graduação depois de formado. Esta é uma motivação a mais para os alunos, e um diferencial que não existe em outros lugares”.

Um estudante de engenharia civil, por exemplo, no quinto ano do curso, pode escolher um módulo – um conjunto de disciplinas de determinada especialidade – na sua área, mas também pode cursar outra área da engenharia, estudar em um módulo interdisciplinar, ou ainda fazer um módulo em pesquisa, cursando disciplinas de pós-graduação, que se configura como um Pré-Mestrado. Ele fará paralelamente o seu trabalho de conclusão de curso.

Esta variedade de opções é possível devido à grande estrutura de ensino, pesquisa e extensão da Escola Politécnica da USP, que oferece 17 cursos de graduação e possui 15 departamentos, que juntos somam mais de 100 laboratórios de pesquisa. Além disso, os alunos podem realizar intercâmbios em instituições parceiras de diversos lugares do mundo, incluindo programas de Duplo Diploma, ou ainda a Dupla Formação com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Toda essa variedade de áreas de estudo é um terreno fértil para a interdisciplinaridade. A interação entre as áreas, tão comum em projetos de engenharia, pode compor agora também a formação dos alunos.

“No caso do caminho voltado à formação em pesquisa, o modelo adotado pela Escola fortalece ainda mais a capacitação para a inovação e o desenvolvimento tecnológico, pois oferece ao aluno alternativas totalmente estruturadas em disciplinas de pós-graduação”, destaca o professor Cardoso. “O que se pretende é valorizar a formação para que o futuro profissional atue, em empresas públicas e privadas, nas áreas de desenvolvimento tecnológico”, explica o professor. Para Cardoso, esse caminho incentiva, ainda, que o aluno recém-formado participe depois do processo seletivo de programa de mestrado da Escola e siga dando continuidade à sua formação em pesquisa e desenvolvimento, com excelência. No ano de 2018, do total de 12 programas de pós-graduação stricto sensu, com mestrado e doutorado, ministrados na Poli, sete oferecem a possibilidade de formação em pesquisa ao aluno, em parceria com o ensino de graduação.

Como funciona? O aluno que conclui o quarto ano do curso tendo cumprido 80% da carga horária pode se inscrever em um módulo a sua escolha, seja ele uma continuidade da área na qual ingressou, seja um módulo em outra área, um módulo interdisciplinar, ou um módulo voltado à pesquisa, no qual cursará disciplinas de pós-graduação.

Leia mais:

Reportagem do Jornal O Estado de São Paulo destaca a pluralidade da Poli

http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,guia-de-universidades,10000084712

O Jornal da USP publicou uma notícia sobre o módulo acadêmico, o Pré-Mestrado de Engenharia de Computação

http://jornal.usp.br/universidade/poli-inaugura-pre-mestrado-em-engenharia-de-computacao-para-2018/

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