FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

O Projeto PoliRETRIBUA é uma iniciativa da Associação dos Engenheiros Politécnicos (AEP) para auxiliar alunos em estado de vulnerabilidade social a concluírem sua formação na Escola Politécnica (Poli) da USP. O programa apoia esses estudantes por meio de bolsas e mentorias. O PoliPoliRETRIBUA é gerido e mantido por engenheiros politécnicos, que doam recursos para as bolsas ou se engajam no projeto como voluntários. 

A AEP  há muitos anos  concede bolsas para alunos de baixa renda. Em 2017, surgiu o Projeto PoliRETRIBUA que, além de conceder bolsas a alunos de 1º e 2º ano  qualificados pela Secretaria de Assistência Social (SAS) da USP, oferece mentoria.

As mentorias

Engenheiros politécnicos interessados em contribuir com o projeto c

Foto tirada na reunião do projeto em 2018.

omo mentores devem se inscrever no site www.PoliRETRIBUA.org. Os mentores são treinados e alocados em cadeiras (grupo de mentores). Cada cadeira tem um gestor que apoia o mentor ao longo de toda a mentoria, que se estende até a formatura. Cabe também ao gestor de cadeira fazer o pareamento entre mentores e os mentorandos. Estes, conforme os recursos captados no ano, podem ter ou não bolsas. Em 2021, foram concedidas bolsas a 81 alunos e mentoria a 230 alunos, através de 130 mentores ativos. Antes da pandemia, mentor e mentorando se encontravam regularmente no campus para uma conversa ou um almoço, e comunicação complementar era feita por  whatsapp ou celular. Hoje em dia, os encontros são todos por videochamadas.

O mentor orienta, inspira, motiva e ajuda o aluno a enxergar à frente e a alcançar metas. O professor Marcos Rodrigues, gestor do Projeto PoliRETRIBUA, explica que os atributos comuns aos mentores são a empatia, habilidades de dividir experiências, de prover ambiente acolhedor, de gerenciar expectativas e de comunicar-se bem. Cada par mentor/mentorando é diferente e vai encontrando seu modo de ser com a evolução da relação. 

As mentorias na pandemia

Ao contrário do que aconteceu na maioria das instituições, o projeto não encontrou dificuldades para se adaptar ao modo virtual. “Quando o PoliRETRIBUA começou, em 2017, fizemos uma ampla convocação de politécnicos para mentoria. Muitos deles, residentes no Exterior,  se apresentaram. Com certa hesitação, resolvemos experimentar mentores remotos desde o Japão, Coreia, Angola, Espanha, França, Alemanha e Estados Unidos. Funcionou muito bem!”, conta o professor Rodrigues. O PoliRETRIBUA assim entrou robusto na pandemia, com uma experiência de três anos de operação virtual. A única adaptação substancial foi acolher alunos que não tinham colocado os pés no campus e prover notebooks e modens para alunos que necessitavam desses equipamentos, algo que foi solucionado por um esforço integrado da AEP e da Poli. 

Os voluntários 

Os voluntários em sua maioria são politécnicos ou professores da Poli. Atuam como mentores e também na retaguarda, como na área de TI, gestão de bolsas, captação de recursos e divulgação. “O PoliRETRIBUA assim admite várias leituras: é um grupo de alunos mais velhos ajudando alunos mais novos, mas é também uma escola de solidariedade. Para participar do projeto, é preciso ter esse ímpeto de ajudar”, comenta o gestor. Os que desejam ajudar, como mentor ou doador, devem acessar o  site da iniciativa.

Como ser bolsista e mentorando

Para o aluno em circunstância de vulnerabilidade participar do PoliRETRIBUA, ele deve se inscrever tanto na SAS-USP, para bolsa alimentação e auxílio moradia, quanto na AEP para bolsa e mentoria. A AEP toma o ordenamento de vulnerabilidade da SAS como insumo para concessão de bolsas e mentoria. As inscrições são abertas no início do ano letivo, logo após o vestibular.

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