FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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USP inaugura exposição do primeiro computador brasileiro

Dos dias 10 a 17 de fevereiro, será possível conhecer o Patinho Feio, computador que marcou o início da informática nacional a partir de 1972.

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Foi inaugurada nesta quinta-feira (9), no Espaço USP Integração  Memória da reitoria da Universidade de São Paulo, a exposição do primeiro computador feito no Brasil, “batizado” de Patinho Feio. O evento celebra os 50 anos do equipamento pioneiro da informática nacional e da instituição da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE), primeira entidade do gênero crida pela USP.

O Patinho Feio foi projetado e construído por professores e alunos da Escola Politécnica nos anos de 1971 e 1972. Além dele, estão em exposição uma impressora Teletype, que funcionava como dispositivo de entrada e saída de informações no Patinho, e um painel digital criado para emular o funcionamento do antigo computador.

O visitante poderá conhecer também o G-10, o primeiro computador industrializado no Brasil, fabricado a partir de 1980 pela Cobra (Computadores Brasileiros S.A). O projeto do G-10 foi liderado pela FDTE e teve a participação de pesquisadores da Poli, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e da Marinha do Brasil, utilizando o Patinho Feio como base.

Por meio de fotografias e reportagens de jornais da época, a exposição conta como foi o desenvolvimento do Patinho Feio, cuja memória era de 4 kbytes, um milhão de vezes menor do que os celulares atuais. E a repercussão de sua inauguração, que contou inclusive com a presença do então governador do Estado de São Paulo, Laudo Natel.

A celebração também marca os 50 anos da Fundação para o Desenvolvimento Técnico da Engenharia (FDTE), instituição idealizada por docentes e pesquisadores da Poli para facilitar o desenvolvimento de projetos que unem a Universidade ao mercado e à sociedade, e assim possibilitar que a USP estivesse à frente do projeto do G-10. Após aprovação do Conselho Universitário, a FDTE foi oficialmente criada em 2 de dezembro de 1972.

A exposição é gratuita e estará aberta até 17 de fevereiro (exceto sábado e domingo), das 9 às 18 horas. O Espaço USP Integração & Memória fica no 2º andar o prédio da Reitoria da USP (Rua da Reitoria 374, Cidade Universitária, bairro do Butantã).

Pioneirismo e tradição – No evento de inauguração estiveram presentes o reitor da Universidade, professor Carlos Gilberto Carlotti Junior, o diretor de Operações da FDTE, professor José Roberto Castilho Piqueira, e oficiais da Marinha do Brasil.

Em seu depoimento, Piqueira ressaltou o marco que o Patinho Feio foi para a época e o legado deixado para a indústria da computação do Brasil. “Trata-se do primeiro computador para uso acadêmico do Brasil, construído apenas com recursos próprios da Escola Politécnica, em valores equivalentes a um carro popular na época. Essa inovação possibilitou a inserção do Brasil no mercado da computação, mostrando que o país tinha condições de desenvolver os próprios produtos, o que foi confirmado com o projeto do G-10”, lembrou. Piqueira ressaltou também que o Patinho “foi responsável pela formação de centenas de engenheiros graduados, mestres e doutores que proveram a indústria de informática no país com recursos humanos extremamente criativos e qualificados”.

Já o reitor reforçou a importância de preservar a memória de projetos como o Patinho Feio, que fazem parte da história da Universidade, e destacou o pioneirismo da FDTE. “Fazemos exposições como essa para que o Patinho Feio seja visto como um símbolo da USP, de modo a inspirar nossos estudantes e pesquisadores a seguir obtendo feitos como esse”, afirmou. “Hoje falamos muito em empreendedorismo e inovação, em levar as novas descobertas tecnológicas da academia para a sociedade, mas isso já acontecia há 50 anos, com instituições como a FDTE, que já tinham essa visão”, acrescentou.

Para saber mais sobre o Patinho Feio, confira este vídeo produzido pela Fapesp.

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