FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Aluno da Poli desenvolve inteligência artificial que realiza negociações e vence competição em Congresso internacional

 Em competição em Londres, estudante da Poli projetou e implementou uma inteligência artificial que realiza negociações representando um gerente de fábrica 

No dia 1º de junho, o aluno Pedro Hrosz Turini, do terceiro ano do curso de Engenharia de Computação da Escola Politécnica (Poli) da USP, foi o vencedor  da categoria Supply Chain Management League em Congresso Internacional de Inteligência Artificial, a 14th Automated Negotiating Agents Competition (ANAC2023), em Londres. O trabalho apresentado é fruto da Iniciação Científica desenvolvida pelo futuro engenheiro, orientado pelo professor Jaime Simão Sichman, do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Poli. 

A competição é associada à 22nd International Conference on Autonomous Agents and Multiagent Systems (AAMAS 2023), uma das mais prestigiadas conferências acadêmicas internacionais na área de Inteligência Artificial. Pedro, em sua pesquisa de Iniciação Científica financiada por uma bolsa do CNPq, pesquisou sobre o desenvolvimento de agentes inteligentes para gestão da cadeia de suprimentos, que foi base para o projeto apresentado no Congresso Internacional. ‘’Desde o início da graduação, tinha interesse em participar de algum projeto e criar algo novo. A pesquisa científica foi uma das maneiras que encontrei para alcançar este objetivo’’, conta o aluno, que concretizou sua meta quando entrou em contato com o professor Jaime. 

Na categoria da competição em que competiu, o desafio era projetar e implementar um agente autônomo que realiza negociações representando um gerente de fábrica, no contexto de uma simulação de uma cadeia de suprimentos (supply chain). Uma cadeia de suprimentos compreende os processos produtivos de transformação de mercadorias, da matéria-prima ao produto final. O principal papel do agente era negociar a compra e venda de produtos com seus parceiros, outros agentes inteligentes. “O agente que desenvolvi prioriza minimizar os custos de estoque, além de ser capaz de reduzir os custos de fornecimento a partir da negociação com seus parceiros. Dessa maneira, é altamente eficiente em aumentar a lucratividade da fábrica que administra”, explica o estudante.

Pedro conta que “o agente inteligente desenvolvido é um excelente exemplo de uma tecnologia que pode substituir, e até mesmo otimizar, uma função tipicamente realizada de maneira manual’’. A inteligência artificial projetada se comunicou e negociou com outras IAs, sem nenhuma interferência humana no processo. “Deste modo, é possível com que a compra de insumos e venda de produtos em cada fábrica seja totalmente automatizada’’. 

“Foi uma experiência incrível, tive a oportunidade de conhecer e interagir com profissionais e pesquisadores de diversos países do mundo. Apresentar meu trabalho a tantas pessoas foi muito gratificante’’, finaliza o aluno. 

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