FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

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Em parceria com a Escola Politécnica (Poli) da USP, a Petrobras desenvolveu a sua própria tecnologia eólica offshore, até então inédita no Brasil. O objetivo do modelo é oferecer um meio de reduzir as emissões de carbono na geração da eletricidade necessária aos processos de produção e exploração de petróleo e gás da companhia. 

Os testes do projeto serão realizados no Laboratório de Tecnologia Oceânica da Coppe (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e têm como objetivo avaliar a performance de um sistema eólico flutuante em escala reduzida. O modelo é composto por um aerogerador apoiado em uma estrutura semissubmersível de quatro colunas posicionadas no tanque do Laboratório, que irá reproduzir para o teste, as condições ambientais e de mar típicas da Bacia de Santos, local onde a tecnologia poderá ser implementada posteriormente caso seja bem-sucedida e tenha sua viabilidade técnica e econômica comprovadas.

O projeto é uma pesquisa transdisciplinar e envolve quatro diferentes áreas da engenharia (Naval, Elétrica, Mecânica e Civil). Coordenado pelo Professor do Departamento de Engenharia Naval e Oceanica da Escola Politécnica, Alexandre Simos, participam do projeto os professores Jordi Soler, Hélio Morishita, Marcelo Martins, Maurício Salles, Renato Monaro, Bruno Carmo, Celso Pesce, Alfredo Gay Neto, Guilherme Franzini e Rafael Peleggi, além de mais de 40 bolsistas que também já colaboraram com os estudos, incluindo alunos de gradução, pós-graduação e pesqiosadores em nível de pós-doutorado.  

A avaliação terá duração de um mês, no qual o sistema eólico será submetido a simulações de situações ambientais extremas do pré-sal, em profundidades acima de 2 mil metros. Os resultados poderão oferecer um comparativo com outras opções para descarbonização das operações da Petrobras, no que diz respeito ao fornecimento de energia as plataformas. Após o período, os pesquisadores vão fazer um diagnóstico para selecionar as melhores alternativas em termos de custo para atender as metas de descarbonização da companhia, segundo o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos.

Em escala real, o potencial de produção de cada sistema flutuante será de até 15 MW, o que corresponde de 10% a 30% da energia necessária ao abastecimento de uma plataforma do pré-sal. Os pesquisadores estão avaliando, em aplicação offshore, o panorama de conexão do equipamento de geração eólica à plataforma ou a um sistema submarino – localizado em grande profundidade – através de um cabo elétrico (chamado de umbilical elétrico) – para fornecer energia elétrica de baixa emissão de carbono para produção de petróleo e gás. 

O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, destacou a relevância da parceria entre a companhia e duas das mais prestigiadas universidades do Brasil para o desenvolvimento de uma tecnologia que pode ter impacto significativo no país, ressaltando a produção 100% nacional do sistema eólico.

Maurício Tolmasquim, Diretor de Transição Energética da Petrobras, ressaltou que a iniciativa demonstra o compromisso da empresa com a questão da transição energética e que trará informações de relevância para pensar o futuro das oportunidades em eólica offshore.

Confira repercussão na imprensa:

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