Data: 18/05/2024
Resumo: “Na mobilidade urbana, a popularização do Uber significou o declínio dos táxis e a intensificação do uso dos automóveis nas cidades. Isso não implica
necessariamente em mais carros nas ruas —a frota paulistana, que hoje é de 6,2 milhões de automóveis, cresceu no período, mas em ritmo menor do que nos dez anos anteriores— e sim que eles passaram a ficar menos tempo parados em vagas de estacionamento.
“Cada automóvel pode ser muito mais usado, e inclusive isso tem a ver com a demanda menor de automóveis, porque tem muitas viagens feitas para o mesmo carro”, explica o engenheiro Mauro Zilbovicius, professor da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo).
Embora seja inviável para a maior parte da população usá-lo no trajeto de casa ao trabalho, o carro de aplicativo se firmou como opção para outros tipos de deslocamento. Segundo Zilbovicius, é o caso da “última milha” —a distância entre uma estação de metrô e o destino final, por exemplo— que poderia ser percorrida de bicicleta, a pé ou com o velho táxi.
Outro foco da empresa são situações em que dirigir é inconveniente ou em que esbarram em proibição (no caso de consumo de álcool) —shows, viagens rápidas ao comércio, emergências, happy hours”.