FORMANDO ENGENHEIROS E LÍDERES

-Com informações do Jornal da USP 

 

Aulas vão abordar mapas históricos como fonte documental e seu contraste com outras fontes, com exercícios práticos; inscrições vão até 4 de setembro, com vagas preenchidas por sorteio

 

O Museu do Ipiranga tem inscrições abertas até o dia 4 de setembro para o curso gratuito de extensão História da cartografia no Brasil, que trata da leitura de mapas históricos como fonte documental e seu contraste com outras fontes, além de técnicas como medições de latitude e longitude e meridianos de origem. O curso acontece presencialmente às terças-feiras entre 12 de setembro e 28 de novembro, das 8h30 às 12h30, no auditório do museu, na Rua dos Patriotas 100, bairro do Ipiranga, na capital paulista.

Os participantes vão encontrar aulas com exercícios práticos, como a leitura do mapa das capitanias hereditárias e o cálculo da longitude do meridiano de Tordesilhas e suas implicações históricas. Podem participar do curso pessoas com formação universitária, que devem fazer a inscrição pelo sistema Apolo da USP neste link. São 200 vagas que serão preenchidas por sorteio no dia 5 de setembro.

Jorge Pimentel Cintra, que integra o quadro acadêmico do museu, será o professor do curso. Ele é professor titular na área de Informações Espaciais (Topografia, Geodésia e Cartografia) da Escola Politécnica (Poli) da USP, com a aula Aplicação da Cartografia Digital à Cartografia Histórica. No museu, atua principalmente na Curadoria das Coleções Cartográficas.

Confira a programação do curso:

  1. Apresentação do curso. Objetivos e forma de trabalhar. A transversalidade da cartografia: literatura, história, astronomia, navegação, iconografia, mentalidades. O domínio da linguagem cartográfica. Técnica de leitura de mapas.
    * Exercício de leitura de mapas: o Terra Brasilis, de Lopo Homem.
  2. O nascimento da cartografia científica no mundo grego e visão panorâmica dos mapas na Antiguidade e no mundo medieval. Os clássicos em cartografia. Ptolomeu e sua geografia.
    * Exercício de leitura: O mapa-múndi de Ptolomeu.
  3. Cartografia e grandes navegações. A formação da nossa imagem do mundo.
    * Exercício de transversalidade.
  4. O desenvolvimento dos conceitos de latitude e longitude e de teoria das projeções, até o Renascimento. Ptolomeu e a projeção cônica. Projeções e visão de mundo.
    * Exercícios de análise da qualidade cartográfica de mapas históricos.
  5. A Carta de Mestre João e o início da cartografia no Brasil.
    * Exercício de leitura paleográfica dessa Carta e a decodificação de uma época
  6. O mapa como documento histórico. Riquezas e armadilhas. A importância de recorrer às fontes e contrastar com outros documentos. Geometrização, divisão do espaço e disputas.
    * Exercícios: o mapa das Capitanias Hereditárias: Luís Teixeira, em Varnhagen e nos livros didáticos.
  7. História das longitudes. Galileu e os satélites de Júpiter, Huygens e as pêndulas, o cronômetro de Harris. Métodos modernos: telégrafo, rádio relógio e GPS. Longitude e disputa de terras.
    * Exercício prático: cálculo da longitude do meridiano de Tordesilhas e suas implicações históricas.
  8. Os meridianos de origem e os desentendimentos dos mapas. Os meridianos de origem nos mapas do Brasil: Cabo Verde, Ilha do Ferro, Paris, Morro do Castelo e Greenwich.
    * Exercício: o meridiano de origem do mapa Brasilia qua parte paret Belgis, de Jorge Marcgrave.
  9. História das latitudes no Brasil. As latitudes nos mapas e roteiros quinhentistas e seiscentistas; o astrolábio e seu uso em conjunto com as tábuas de declinação do Sol. Usavam o astrolábio os bandeirantes?
    * Exercício: análise das latitudes no Roteiro de todos os sinais, de Luís Teixeira.
  10. História das longitudes no Brasil. As longitudes nos mapas antigos. História do Mapa das Cortes e dos mapas dos Padres Matemáticos. Mapas e disputas.
    * Exercício: Análise do Mapa das Cortes e suas distorções propositais.
  11. Toponímia e cartografia nos mapas quinhentistas e seiscentistas. Os mapas como fonte histórica e registro de nomes nas línguas indígenas.
    *Exercício: leitura e tabela comparativa da toponímia dos mapas: Terra Brasilis de Luís Teixeira.
  12. A cartografia digital como ferramenta da cartografia histórica. Exemplos de aplicação. Apresentação de programas de cartografia digital e suas possibilidades.
    * Exercício: a localização precisa do local da Independência e do caminho das tropas.

Mais informações pelo e-mail: acadmp@usp.br. Para concorrer a uma vaga no curso História da cartografia no Brasil clique aqui e faça o cadastro.

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