Por Luíse Silva 

Cláudio Geraldo Schön, professor da Escola Politécnica (Poli) da USP, destaca a necessidade de avaliação na ciência moderna, especialmente considerando que as pesquisas são financiadas por

recursos públicos. Argumenta que investir em pesquisadores com histórico comprovado de retorno à sociedade é lógico, mesmo que o retorno econômico seja considerado muitas vezes como investimento a fundo perdido. Reconhece que, enquanto para pesquisadores experientes isso é trivial, para iniciantes pode ser desafiador estimar seu potencial de retorno e enfatiza a importância de aplicar recursos em projetos que beneficiem a sociedade.

É destacado que as instituições de pesquisa, especialmente as universidades públicas no Brasil, precisam contratar pesquisadores/professores usando uma lógica semelhante à aplicada aos investimentos em pesquisa. Isso se deve ao financiamento estatal dessas instituições, gerado por recursos de impostos, o que cria a obrigação de proporcionar retorno à sociedade. 

É argumentado que a ciência requer avaliação, preferencialmente de forma qualitativa, embora reconheça a dificuldade nesse método. Ele observa a presença do qualitativo nas agências de fomento no passado, no qual decisões eram influenciadas por relações pessoais. Apesar das críticas ao produtivismo (contagem de papers), o autor defende critérios quantitativos transparentes em oposição ao subjetivismo dos detentores de poder. Reconhece a necessidade de métodos transparentes e objetivos para análise qualitativa, destacando a publicação em periódicos reconhecidos como um critério quantitativo significativo. Confira o artigo na íntegra aqui.